DENISE LUNA – Folha de São Paulo
A presidente Dilma Rousseff criticou nesta quarta-feira (13) as pessoas que dizem que o momento do consumo no Brasil passou e que não é mais possível continuar o processo anticíclico para estimular a economia, como o governo tem feito durante as crises.
Segundo Dilma, os brasileiros ficaram anos sem acessar o mercado de consumo e agora mais de 40 milhões de pessoas ascenderam à classe média, ou seja, há uma demanda reprimida por consumo no país.
“A mim espanta os que falam que o momento de consumo já passou. Como, se ainda tem uma demanda grande reprimida?”, disse Dilma, durante evento de assinatura do empréstimo de R$ 3,6 bilhões do Banco do Brasil ao governo do Estado do Rio de Janeiro, no Palácio Guanabara, na zona sul.
“Vamos continuar ampliando a capacidade de consumo sim!”, disse Dilma, sendo muita aplaudida por uma plateia formada em sua maioria por prefeitos fluminenses, que receberão parte do empréstimo ao Estado.
Ela destacou que um empréstimo desse porte, em um momento que o mundo passa por uma turbulência, só é possível porque o Brasil conquistou autonomia em relação às crises internacionais.
“Podemos enfrentar essa crise porque trabalhamos por mais de uma década para chegar aqui”, afirmou.
De acordo com a presidente, os recursos serão utilizados pelo Estado e pelos 92 municípios do Rio de Janeiro para criar cidades sustentáveis, cuidando principalmente do saneamento, para melhoria da qualidade de vida e do ambiente.
Ela voltou a afirmar que continuará a luta para reduzir os juros no país, mas que não tem a pretensão de reduzir as taxas por decreto. Segundo a presidente, “não há razão para o país manter as taxas de juros que se mantiveram ao longo dos anos, porque hoje temos solidez fiscal que não tínhamos e já mostramos que conseguimos controlar a inflação”, explicou.
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