Bruno Fonseca
Hélio Ortiz é acusado de liderar mega esquema de fraudes
Foi decretada ontem a prisão preventiva do ex-servidor público do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Hélio Garcia Ortiz, apontado, em 2005, de fraudar pelo menos 12 concursos públicos. Segundo investigações da Polícia Federal, é possível que ele esteja envolvido em mais um esquema de irregularidade, desta vez no processo de seleção do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), realizado no mês passado. Ortiz está foragido. Todas as polícias trabalham na captura do acusado.
O superintendente da PF, Disney Rosseti acredita que Ortiz agiu como intermediador na seleção. “A operação é o desdobramento da tentativa de fraude de um candidato no concurso do Depen. Tudo leva a crer que quem intermediou a fraude foi ele”, disse Rosseti.
De posse de um mandado de busca e apreensão, agentes da PF passaram ontem mais de oito horas na residência da família do acusado, no Guará II, onde foram apreendidos diversos papéis e documentos que podem ser indícios de provas contra o ex-servidor. O material apreendido será investigado e periciado. A empresa Funrio, organizadora da prova do Depen realizada no dia 15 de fevereiro, recebeu semana passada uma denúncia anônima sobre a fraude e acionou a Polícia Federal. O golpe consistia em utilizar uma carteira de motorista falsa para identificação no momento de realização da prova. O flagrante aconteceu na sede da Universidade Paulista (Unip), que funciona na 714 Sul,
Chamada de operação Galileu, a investigação começou em
APROVANDO DESDE 1981
Em depoimento a Polícia Civil, em 2006, Ortiz admitiu que tem influência na aprovação ilegal de candidatos desde 1981, incluindo até provas de vestibulares em grandes universidades. No mesmo ano, o acusado foi demitido por unanimidade do TJDF em sessão administrativa do tribunal.
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