Fonte: Apito Brasil
A reunião de sexta-feira, 29, das entidades de carreiras de Estado com o Planejamento, segundo as impressões do Sinal, Sindifisco, Sinait e Assecor.
Governo não apresenta propostas. Negociações seguem até 31 deste mês
Terminou sem avanços a reunião das direções sindicais das carreiras de Estado com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), realizada no final da tarde de sexta-feira, 29, no dia seguinte à mobilização nacional dos servidores federais.
As entidades cobraram respostas do governo aos secretários Executivo do MPOG, Valter Correa, de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, e de sua adjunta, Marcela Tapajós, entre outros assessores, que apenas manifestaram-se pela continuidade do diálogo.
“Todos somos responsáveis pelo que fazemos”, afirmou Walter Correa, sobre a possibilidade de as carreiras deflagrarem greve nacional. Apostando na continuidade do diálogo, ele lembrou o prazo das negociações – 31 de julho –, acrescentando que até “parte de agosto tem tempo” Mas relatou que, até o momento, o governo não tem posição sobre o assunto “reajuste”.
Os dirigentes sindicais, cobrando respostas, ironizaram a “enrolação” do governo nas reuniões. Sergio Mendonça esclareceu ao Secretário Executivo que “já havia realizado reunião com todos os grupos e como não há definição do governo sobre o reajuste, a bola está com ele para chamar as entidades à mesa”.
O governo se limitou a defender-se das afirmações sobre o governo estar usando a Lei da Transparência contra os servidores, em meio à Campanha Salarial. O governo “não tem o controle da mídia”, disse Correa.
As entrelinhas do encontro esclarecem o clima da mesa de negociação: o governo não tem certeza se apresentará ou não uma proposta.
Sinal cobra uso da Lei de Transparência contra servidor
O presidente do Sinal, Sergio Belsito, cobrou com veemência do governo as informações a ele atribuídas pela mídia, amplamente divulgado, de que a Lei da Transparência, com a divulgação dos salários, seria uma arma para a negociação das carreiras de Estado.
Em resposta, o secretário executivo substituto do MPOG, Walter Correa, desmentiu a versão de que aquele seria o pensamento de governo, e que este não teria o controle da mídia.
O diretor de Relações Externas do Sinal, Jose Ricardo, argumentou que se comparado o período de 1994 até hoje, servidores do BC ainda teriam uma perda salarial de no mínimo 19,0%, se contrapondo a tese de Sergio Mendonça que sempre apresenta em mesa, de que vai considerar somente o período de nove anos e seis meses do período Lula para cá.
Comments are closed.