Todos sabem que o maior motivo para a desmotivação que aflige os Agentes, Escrivães e Papiloscopistas é o fato de saberem que mesmo sendo os melhores, mais dedicados, abnegados, profissionais e sendo bons policiais, não têm a menor chance de conseguirem qualquer tipo de promoção real na carreira.
Atualmente, na realidade, receberá uma pseudo-promoção qualquer um, de um jeito ou de outro, mesmo que mereça menos ou não mereça nada. Desculpem-me pela avaliação crítica, mas faltam critérios.
Mas isso pode mudar. Desde o momento em que fomos convidados a participar da Comissão instituída pela Direção Geral, que elaboraria o Projeto de Lei Orgânica do DPF, acreditamos e perseguimos a idéia de criação de uma verdadeira carreira. Os membros do grupo, de forma unânime, chegaram à decisão de que a única chance de salvar as relações hierárquicas, promovendo o estímulo para melhor produzir, seria a criação do cargo único no DPF.
No primeiro momento nos sentimos felizes, pela progressista conquista, porém como já dizia o ditado: “alegria de pobre dura pouco”, o “espírito de Brutus baixou” em alguns, que nem precisamos dizer o nome, nos esfaqueando pelas costas, culminando no encaminhamento de uma outra proposta, particularmente elaborada pelos Delegados. Proposta essa que poderia fazer com o nosso amado órgão praticamente voltasse à época do feudalismo, onde os senhores, ou talvez “doutores feudais”, pudessem decidir sobre a vida e até mesmo sobre a morte de seus vassalos, que seríamos nós.
Apesar da traição para com a sociedade, que exige mudanças na segurança pública de um modo geral, não desistimos e nem sequer nos abalamos. Continuamos nossa luta, agora mais silenciosa e inteligente, escolhendo os nossos verdadeiros aliados, buscando abrir as portas fechadas por algumas lideranças “intelectuais” e manipuladoras.
Nossa luta não está sendo em vão, fomos convidados para participar de reunião no Ministério da Justiça, no próximo dia 25, com os integrantes da Comissão convocada pelo Ministro Marcio T. Bastos, para expor e enviar propostas, podendo até indicar representantes.
Fomos a única entidade sindical a ser convidada, ficamos orgulhosos pelo reconhecimento, mas sem vaidade, provocamos uma reunião com os presidentes de sindicato nomeados pela Fenapef, para acompanhar os trabalhos da Lei Orgânica. Fomos atendidos com a promessa de que Poloni/ES; Fagundes/PB; Sabino/SP; Tessele/SC e Wink/RS seriam convidados, sendo marcada uma reunião para 20/10/2004.
Durante o encontro com esses presidentes de sindicato, também guerreiros incansáveis, na luta pela reestruturação da carreira, serão traçadas estratégias e elaborados documentos de forma a auxiliar na busca de nossos objetivos.
A luta continua…
Cláudio Avelar
Presidente do Sindipol/DF
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