Fonte: Associação Brasileira do Papiloscopistas Policiais Federais – ABRAPOL
Sem perda de tempo, os Papiloscopistas Policiais Federais foram decisivos na identificação das vítimas brasileiras do voo que levava a CHAPE
Para a identificação dos corpos dos brasileiros do acidente aéreo que vitimou 71 pessoas na semana passada nas proximidades do aeroporto José Maria Córdova, na Colômbia, o Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses da Colômbia contou com presença de uma equipe de Papiloscopistas Policiais Federais (PPFs) e do Instituto Nacional de Identificação (INI) da Diretoria-Executiva que -em Brasília- montou uma força-tarefa de 11 papiloscopistas e dois servidores administrativos que colaboraram com a realização dos exames complementares além de elaborar os laudos periciais.
Laudos Prontos
Na quinta-feira (1º/12), às 2h50 da madrugada, todos os 64 laudos papiloscópicos foram concluídos e encaminhados para o Adido Policial da PF e para o Consulado Brasileiro na Colômbia. Havia 77 pessoas a bordo do avião da companhia LaMia, sendo 68 passageiros e nove tripulantes. Seis pessoas conseguiram escapar com vida desta tragédia, quatro brasileiros e dois estrangeiros.
ALETHIA
A Polícia Federal mobilizou todos os esforços enviando especialistas em identificação humana, especialmente em biometria das impressões digitais, treinados em DVI – DisasterVictimIdentification (sigla para Identificação de Vítimas de Desastres), que contaram com o módulo portátil do Sistema ALETHIA, que possibilita a Identificação automatizada pelas impressões digitais, desenvolvido por PPFs do INI da Polícia Federal, o qual é capaz de armazenar e comparar fragmentos de impressões papilares, acelerando os exames realizados pelos PPFs, responsáveis pela confirmação final da identificação. O ALETHIA foi utilizado para fiscalização e controle de estrangeiros nos aeroportos brasileiros das cidades que sediaram jogos olímpicos 2016.
Modus Operandi
O Alethia,que significa “aquele que não admite a mentira”, foi carregado com as biometrias das impressões digitais obtidas na base de dados do próprio Instituto Nacional de Identificação e de diversos órgãos oficiais de identificação como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Acre, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Detran/RJ.
Legado Olímpico dos PPFs
Durante os jogos Rio 2016, o Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, chamou atenção para o Sistema Alethia, afirmando que ele seria um dos grandes legados das Olimpíadas para a sociedade brasileira. O sistema foi fundamental para rapidez com que os corpos foram identificados.
Eficiência e orgulho para o Brasil
As autoridades colombianas que ficaram impressionadas com a eficiência do sistema e com o trabalho dos Papiloscopistasda PF, que foram capazes de identificar preliminarmente com precisão e rapidez cinquenta e dois corpos, ou seja, 81,25% do total. Os demais corpos tiveram que ser submetidos a procedimentos técnicos-científicos da necropapiloscopia para concluir a identificação.
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