No passado a polícia trabalhava com pessoal menos especializado, porém produzia de forma mais harmoniosa.No passado tínhamos menos equipamentos, menos carros, salários menores, porém as diversas categorias conviviam com harmonia.
Atualmente as relações internas estão desabando, aliás, já desabaram. Não se veste mais a camisa do DPF. Vivemos de aparências. Operação Rede Globo, SBT, Band, Record – mídia. A população vê o DPF com bons olhos, mas não sabem que o Órgão parece estar em extinção. Para fora estamos muito bem. Aqui dentro: o fracasso na Área Administrativa, de Gerência de Recursos Humanos e Materiais. Isto tem que acabar.
Recentemente dois agentes lotados em Brasília receberem uma missão de alto risco em outro estado. Solicitaram equipamento e armamento adequados para o trabalho, que foi negado pela administração. Um Processo Disciplinar foi instaurado por deixarem de atender ordem superior.
Parece óbvio que o administrador e a autoridade que determina o cumprimento da diligência devam providenciar os meios, e esses deveriam constar inclusive da Ordem de Missão, que tem que ser emitida antes.
Para nosso descontentamento, infelizmente isso não acontece. Aqueles que se julgam autoridade, abusam dela e querem obrigar que os policiais arrisquem suas vidas e também o sucesso da missão apenas para satisfazerem seu orgulho de “chefe” que não é questionado nunca.
Acabou, já era. A ditadura não existe mais. O delegado não entregou a OM aos policiais (achamos que sequer foi emitida no momento correto, ou seja, antes da missão), não deram armas nem munição adequadas, não forneceram os equipamentos solicitados pelo chefe da equipe e o pior, descumpriu a lei 8112/90 e uma sentença judicial que diz que as diárias devem ser pagas antes da viagem.
O policial que viaja a serviço sem receber diária, também está descumprindo a ordem do juiz, que deve ser informado por nós desse abuso.Se não bastasse esse monte de irregularidades, o delegado queria e sentiu-se extremamente ofendido pelo fato de os agentes desobedecerem a ordem de utilizarem suas armas particulares. O que é isso? Onde nós estamos?
A ignorância da lei não isentará ninguém de responsabilidade. Fiquem sabendo. O Estatuto do Desarmamento proíbe o uso de armas particulares em serviço.Permite apenas a autorização (entendemos que somente se autoriza o que é solicitado).
Queremos saber quantos policiais federais já solicitaram autorização para utilizar suas armas particulares em serviço. As armas foram adquiridas com o fruto de seu suor, ou seja, seu salário.
Obrigam-nos a comprar as armas, depois o Estatuto do Desarmamento nos obriga a pagar pelo registro das armas e agora querem determinar que as usemos para trabalhar. Negativo, usaremos se quisermos e para atender nossa conveniência e segurança e não a vaidade de alguns delegados seguidores sabe-se lá de quem.
Querem saber de uma coisa? Já que é assim, o Sindipol acredita que os policiais federais devem parar de utilizar suas armas particulares em serviço.Os policiais federais devem receber armas adequadas para trabalhar. Não devemos mais pagar para poder fazer o DPF funcionar.
· Solicitamos isenção da taxa de registro de arma de fogo para os policiais: – Não fomos atendidos.
· Solicitamos para o policial federal aposentado o direito de portar arma de fogo de calibre privativo (a mesma que usou durante o tempo em que estava na ativa, e agora aposentado precisa se defender) : Não fomos atendidos
· Solicitamos que o DPF fornecesse armamento adequado aos policiais federais: Não fomos atendidos.
O que fazer então? Não vamos mais emprestar nossas armas para o DPF. Se a arma é nossa, nos decidiremos como usar.
Se quiserem, proíbam o policial federal de usar a arma particular em serviço, mas exigir que as usemos, é um absurdo e como diria o Bóris _ “Isto é uma vergonha”.
Os diretores do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal, parabenizam os Agentes ARTUR e FELIPE, que tiveram coragem e enfrentaram um delegado arbitrário, zelando por sua vida e a vida da pessoa que deveria ser por eles protegida ao se negarem a realizar a missão policial sem as devidas condições.
Vamos exigir nossos direitos, ou melhor, vamos exigir que o Estado cumpra seu papel, e se o representante do Estado não estiver adequado, que se substitua esse representante.O poder é delegado, então que seja delegado às pessoas competentes e compromissadas com a segurança pública.
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