A Polícia Federal começou a investigar nesta terça-feira as denúncias de corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A abertura de inquérito foi pedida formalmente na segunda-feira pelo Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para apurar as acusações contra o chefe do departamento de contratação e administração de material dos Correios, Maurício Marinho. Ele teria participação em um esquema de corrupção na empresa. A denúncia, feita por meio de uma gravação em vídeo com cerca de duas horas de duração, divulgada pela revista Veja, mostra Marinho recebendoR$ 3 mil de propina de dois empresários. Na gravação, o Diretor dos Correios afirma que o Presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), participa do esquema. .
A PF vai trabalhar de forma articulada com a Controladoria Geral da União (CGU) e com o Ministério Público, que indicará um Procurador da república da área criminal. Uma comissão especial foi designada pela CGU para acompanhar o trabalho da sindicância, aberto pelos correios, para apurar o caso. Segundo informações da assessoria de imprensa da CGU, a equipe de auditores que normalmente atua nos correios será reforçada e irá dirigir seu foco de trabalho na área de licitações, onde ocorreram as denúncias. O nome do delegado da PF que irá coordenar as investigações ainda não foi definido, mas será alguém da área de Polícia Fazendária, que cuida dos crimes de corrupção.
O relatório final das investigações será enviado à Justiça Federal que, depois, encaminhará ao Ministério Público para análise.
Só então o Procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, decidirá se apresenta ou não denúncia contra o deputado Roberto Jefferson, apontado como o principal integrante do esquema. Se a denúncia for feita, o passo seguinte é a abertura de processo criminal junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), o foro indicado para se investigar e julgar parlamentares.
Após a denúncia do MP, o plenário do STF se reúne para decidir se aceita ou não o pedido de abertura de inquérito. Se a resposta for positiva, Roberto Jefferson poderá ser chamado de réu. Neste caso, as investigações serão orientadas pelo stf que, ao fim, poderá condenar ou não o parlamentar. Se o STF não abrir o processo, a investigação contra o líder do PTB será arquivada. arquivada.
Comments are closed.