A Polícia Civil do Distrito Federal enviou à Polícia Federal cadernos de provas do concurso da Secretaria de Educação do DF, realizado em 2003, e organizado pelo Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe). Eles foram encontrados na casa da estagiária Carlimi Argenta de Oliveira, 29 anos, acusada de repassar exames para a quadrilha que fraudava concursos em todo o país. O marido da estagiária, o ex-gráfico do Cespe Fernando Leonardo de Oliveira Araújo, admitiu que as provas eram dele, e que as guardava para comprovar na Justiça que trabalhava no local. Ele moveu ação trabalhista contra a instituição. Mas, para a polícia, a história é diferente. Há indícios de que as provas tenham sido retiradas do Cespe para fraude. “A quadrilha conseguia as provas e depois contratava professores para resolvê-las”, disse o delegado Celso Ferro, do Departamento de Atividades Especiais. O concurso da Secretaria de Educação oferecia 3.515 vagas para professor de ensino infantil e fundamental. Segundo a assessoria da secretaria, alguns candidatos ainda serão convocados para trabalhar. O órgão não foi comunicado pela Polícia Civil sobre o caso, assim como a Secretaria de Gestão Administrativa, que contratou o Cespe.
jul
06
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