Um grupo de 20 deputados do PT – a bancada tem 91 deputados – assinou nesta manhã um manifesto que pede o afastamento imediato dos dirigentes do partido que estão sob suspeita de participação no suposto pagamento de “mensalão” para deputados da base governista. O secretário-geral, Sílvio Pereira, e o tesoureiro, Delúbio Soares, pediram desligamento da direção ontem e hoje, respectivamente.
Para o deputado Walter Pinheiro (PT-BA), um dos que assinaram o documento, deveria ser formada uma direção provisória até as eleições internas do partido, que acontecerão em setembro. Durante esse período, seria realizada uma auditoria nas contas do PT.
O grupo de deputados do PT explicou que o documento é dirigido principalmente aos 840 mil filiados do partido em todo o Brasil. O deputado Chico Alencar (PT-RJ), outro signatário do documento, disse que é preciso deixar o discurso de que há um clima de golpismo – utilizado por setores do PT – e investigar todas as denúncias. “O maior drama que a gente enfrenta agora é o descrédito das instituições democráticas. Ninguém escapa. É preciso resgatar a possibilidade de um Brasil democrático, participativo, justo, onde a honestidade tenha primazia”, declarou.
Política econômica
O documento do grupo do PT também critica a política econômica atual e a proposta do deputado Delfim Netto (PP-SP) de fixar uma meta para o pagamento total dos juros da dívida pública com a receita de impostos. Outra reivindicação expressa é a saída de ministros que respondem a processos e a elaboração de uma reforma ministerial programática. A deputada Maninha (PT-DF) afirmou que o governo tem que se voltar para os movimentos sociais em vez de insistir em alianças que já não deram certo.
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