O empresário de jogos eletrônicos Nagib Fayad, apontado como o chefe do esquema de manipulação de resultados no futebol, depôs na Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira e confirmou que fez três pagamentos ao árbitro Edílson Pereira de Carvalho. De acordo com o advogado do empresário, Cássio Pauletti, Fayad teria pago R$ 10 mil para cada resultado acertado pelo árbitro – nos jogos entre Banfiel x Alianza Lima (pela Libertadores da América); Corinthians x Guarani e América x Palmeiras, ambos pelo Campeonato Paulista de 2005.
Edílson Pereira de Carvalho não prestou o segundo depoimento à PF nesta segunda como estava previsto. É que o advogado designado pela Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf) para defendê-lo, deixou o caso. Sem representante legal, o depoimento foi adiado.
No domingo, no entato, quando falou pela primeira vez na PF, Edílson revelou detalhes do esquema e denunciou o árbitro Paulo José Danelon. Disse que em duas oportunidades foi procurado por uma pessoa (identificada apenas como Vanderlei) que se dizia representante de Danelon. Em ambas as vezes, a pessoa sugeria que ele participasse do esquema de fraude nos resultados. O árbitro garantiu que nas duas vezes se recusou a participar.
Ainda de acordo com o depoimento de Edílson Pereira de Carvalho, o árbitro Romildo Corrêa também teria sido procurado por Vanderlei. Romildo não aceitou. Danelon deverá se apresentar na Superintendência da PF nesta terça-feira, às 14 horas. Ele se diz inocente.
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