Na tarde desta terça-feira, o Presidente do Sindipol/DF, Cláudio Avelar, juntamente com o Diretor Brito, e o Presidente do Conselho de ética, Carlos Artur estiveram reunidos com o Diretor Geral do DPF, Sr. Paulo Lacerda para apresentar reivindicações de extrema importância da classe.- Veja pauta .
A reunião durou cerca de 02 horas e se manteve em clima de cordialidade. Apesar das reivindicações e angústias apresentadas, a atual Diretoria do Sindipol, sem “peleguismo”, entende que o dialógo sempre deve ser mantido. Tentaremos buscar as negociações para que os pedidos cheguem a ser considerados.
Abrindo a reunião, Avelar comentou sobre o Projeto de Lei Orgânica do DPF, elaborado pelo Ministério da Justiça, e sobre a relevância do apoio do Diretor ao mesmo. Segundo Paulo Lacerda, o Projeto recentemente finalizado não agradou muito, sendo que para ele, o ideal seria a reserva de 50% das vagas para os servidores da ativa, lembrando que o maior entrave para questão seria a inconstitucionalidade, de acordo com a Comissão do MJ. Um caminho para amenizar as desigualdades existentes na estrutura seria a abertura de concursos internos.
Avelar sugeriu que já no próximo concurso, que poderia ser de provas e títulos, constasse no edital, pontuação diferenciada para os ocupantes da Carreira, Tendo o DG aprovado a idéia e se comprometendo a levá-la adiante.
A idéia de uma Corregedoria única para as polícias, na opinião de Paulo Lacerda, não seria uma boa opção, pois prefere que o DPF continue a resolver seus próprios problemas, sem interferência de fora. Demonstrou ainda, concordar com Cláudio Avelar, que talvez a Lei Orgânica não seria o meio adequado para se tratar do regime disciplinar.
A idéia de concurso de provas e títulos como maneira de motivar os Policiais, concordou o DG, poderia ser uma solução para inúmeros problemas hoje registrados. O Presidente do Sindipol/DF complementou afirmando que a viabilidade da aprovação do Projeto de Lei Orgânica nesses moldes, poderia ser reforçada por uma PEC, para que quando chegasse ao Congresso Nacional, não pudesse ser taxada de “inconstitucional”.
GEAP
Durante o encontro, Paulo Lacerda disse que o convênio com a Geap ainda não estaria “enterrado”, afirmando ter previsão otimista do compromisso do governo em atender os Policiais Federais.
“Estamos pedindo ao TCU – Tribunal de Contas da União, para manter o convênio até que haja uma nova licitação.”Temos ainda, a espectativa de que seja possível viabilizar contratos com outros planos mais consistentes e abrangentes, que pudessem proporcionar melhor qualidade com o custo mínimo para o servidor”, disse Lacerda.
O Diretor Geral afirmou ter se reunido com outros órgãos interessados , dentro da estrutura do MJ – a solução seria mais fácil com um maior número de pessoas aderindo a um único convênio, o custo de manutenção, segundo o DG, seria bem menor. O prazo esperado da prorrogação com a Geap seria até o final deste ano.
De qualquer forma foi informado ao DG, que paralelamente, estaríamos buscando outras alternativas, buscando garantir a saúde dos sindicalizados.
DIÁRIAS
De acordo com Paulo Lacerda, já houve um aumento substancial no valor das diárias para viagens ao interior. O momento é de recomposição salarial, e segundo Lacerda outros assuntos que envolvam despesas poderiam atrapalhar o aumento.
RIVALIDADE: FEDERAL X CIVIL
O caso dos três policiais presos por não portarem registro de suas armas foi apenas uma demonstração das rivalidades entre policiais civis e federais. Cláudio Avelar expôs ao Diretor Geral um caso de um policial federal injustamente preso após um simples acidente de trânsito, em que seu veículo teria colidido na traseira de um outro. Após identificado como servidor do DPF, sofreu constrangimentos, sendo algemado, preso e levado ao IML para teste de dosagem etílica. Foi injustamente preso em flagrante e indiciado por ameaça, embriaguez e lesões corporais. Parece se agravar esse tipo de situação aqui na capital do país.
Cláudio Avelar, representando a classe, pediu ao Diretor Geral ajuda, para que casos como esse não se repitam, e que seja determinado que o DPF oficialmente participasse das oitivas nas DPs, a fim de que não fossem violados os direitos e garantias constitucionais, evitando assim que injustiças como essas acontecessem. A sugestão de Paulo Lacerda é tentar uma aproximação amistosa com a PCDF, porém sem deixar de buscar na justiça as devidas reparações.
ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO
Cláudio Avelar enfatizou a importância de um acompanhamento psicológico para todos os servidores. ''Gostaríamos de que em um próximo concurso para administrativos houvesse abertura para contratação de um grande número de psicólogos”, enfatizou o Presidente. Lacerda concordou, lembrando do estresse provocado pela rotina de trabalho. Os servidores estão demasiadamente insatisfeitos e desmotivados, e não se pode esquecer que nos últimos meses 04 policiais cometeram suicídio, 02 na capital federal.
NOVA SEDE
A construção do novo Edifício Sede do DPF foi discutida próximo ao término da reunião. O terreno destinado à obra localiza-se no Setor de Autarquias Norte, próximo ao DNIT e a Fundação Getúlio Vargas.
“Futuramente se conseguirmos recursos, teremos um grande Edifício Sede – se faltarem verbas, poderemos entregar o atual prédio para facilitar a aquisição de um moderno”, finalizou o Diretor Geral.
RECOMPOSIÇÃO SALARIAL
Esse tema segundo o Diretor Geral, está muito bem encaminhado, porém o Governo decidiu que o DPF será um dos últimos beneficiados. Outros servidores terão seus salários aumentados e Lacerda acredita que não ficaremos de fora, porém não será tão cedo quanto outras entidades divulgaram.
Infelizmente, o GERC parece estar com os dias contados, pois as discordâncias estão sendo a cada dia demonstradas, o que não nos surpreende, pois são várias entidades e cada uma possui objetivos próprios. Esperamos que as vaidades sejam controladas para que nosso órgão não se desmorone por completo. Os representantes classistas deveriam tentar separar seus problemas e particularidades de suas lutas em prol da categoria, entende Avelar.
DEMOCRATIZAÇÃO NA OCUPAÇÃO DAS FUNÇÕES NO DPF
Foi apresentado ao DG, o resultado da última enquete realizada no site do Sindipol/DF, que demonstra que menos de 30% dos servidores participantes da pesquisa, estão insatisfeitos com seus chefes.
O DG se mostrou sensibilizado com os números e disse estar estudando novas fórmulas. Foi informado por Cláudio Avelar que a categoria não admite a falta de capacidade, liderança, conhecimento e profissionalismo de grande parte dos ocupantes dos cargos de chefia, demonstrou ainda ser inadmissível que Delegados sem qualquer experiência chefiem policiais experientes e que na verdade são os verdadeiros responsáveis pelas investigações. O chefe apenas “leva a fama”.Lacerda justificou que esse erro já é estrutural e importado de administrações anteriores. Avelar insiste que as mudanças são essenciais.
Comments are closed.