Finalmente o PT conseguiu aprovar a expulsão do ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares. O diretório nacional do partido, que está reunido desde a manhã deste sábado, aprovou a expulsão por 37 votos, contra 16 votos pela suspensão de três anos e três abstenções.
Com isso, Delúbio Soares está formalmente afastado do partido por ter sido um dos responsáveis pelo caixa dois que financiou ilegalmente campanhas do partido e seus aliados. O deputado João Paulo Cunha, um dos acusados de terem feito uso de dinheiro do valerioduto e do caixa dois de Delúbio, votou pela suspensão do ex-tesoureiro. Ele disse que Delúbio ainda poderia apelar ao Encontro Nacional que o partido vai realizar no final do ano em São Paulo, mas acha que Delúbio não o fará.
Pivô do escândalo envolvendo o PT, o ex-tesoureiro reconheceu, em depoimentos na CPI dos Correios, que usou recursos provenientes do caixa dois para financiar campanhas do PT. Ele defendeu a versão de que era o único a ter conhecimento sobre os empréstimos avalizados pelo empresário mineiro Marcos Valério para capitalizar o partido e que nenhum outro membro da cúpula do PT ou do governo participou das decisões.
Ao chegarem para a reunião deste sábado na sede do partido, em São Paulo, outros suspeitos de envolvimento no esquema de mArcos Valério, como o deputado professor Luizinho e o ex-deputado Paulo Rocha se mostraram também contra a expulsão.
Professor Luizinho, que pode perder o mandato porque um de seus assessores sacou R$ 20 mil do esquema de Delúbio e Marcos Valério, disse que não se sentia prejudicado pelo ex-tesoureiro e acha que ele merece até elogios do partido por seu conduta até agora. O ex-deputado Paulo Rocha, que renunciou ao mandato sob a ameaça de ser cassado por ter sacado R$ 920 mil do valerioduto, também afirmou que não se sente prejudicado pelo ex-tesoureiro.
Do lado oposto, estava o grupo do presidente interino Tarso Genro, que desejava a expulsão de Delúbio, até como punição exemplar.
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