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Já o repasse para do PT ao PL foi motivo de discórdia. Delúbio disse que autorizou o repasse de R$ 12 milhões para o PL, mas Valério disse que foram R$ 10,837 milhões. Segundo o empresário mineiro, parte foi repassada pela empresa Guaranhuns, uma outra por intermédio do tesoureiro do PL, Jacinto Lamas e o irmão e Antonio Lamas e uma terceira parte diretamente ao ex-presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Costa Neto reafirmou ter recebido apenas R$ 6,5 milhões. A gerente financeira da empresa SMPB de Valério, Simone Vasconcelos também confirmou ter repassado apenas R$ 6,5 milhões a Costa Neta, que renunciou ao mandado de deputado para manter os direitos políticos.
Segundo Valério, o repasse para o PL, via Guaranhus, foi de R$ 6,037 milhões. Valdemar Costa Neto sustentou que recebeu apenas R$ 1,2 milhão da Guaranhus. Valério afirmou que não conhecia ninguém na Guaranhus e que os cheques nominais da empresa foram repassados a pedido de Jacinto Lamas. “Eu não tinha nenhum contato com a Guaranhus. Não sei nem quem é o dono. Quem indicou a Guaranhus e pediu que fossem feitos cheques nominais foi o Jacinto Lamas. Isso pode ser comprovado pela quebra de meus sigilos”, afirmou o empresários mineiro.
O presidente do PL sustentou a tese de que quando Jacinto Lamas foi buscar o primeiro repasse de dinheiro com Marcos Valério foi surpreendido com um cheque nominal à Guaranhuns, dentro de um envelope. Segundo ele, o total recebido da Guaranhuns foi R$ 1,2 milhão. O cheque nominal à Guaranhuns foi trocado por dinheiro depois que ele pediu a interferência de Delúbio. Segundo Costa neto, entre fevereiro e abril de 2003, ele recebeu R$ 3,2 milhões.
Marcos Valério disse também que a transação com a corretora Bônus-Banval foi feita a pedido do PP. Já Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, insistiu na posição de que apenas autorizava os repasses e que a forma como eram feitas não eram de sua responsabilidade. Também atribuiu ao PL a responsabilidade pela utilização da Guaranhuns.
Também participam da acareação o assessor parlamentar do PL, João Cláudio Genu, o ex-presidente da Casa da Moeda, Manoel Severino.
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