Ao contrário dos “falcões” apresentados à sociedade brasileira no documentário exibido recentemente ( Falcões, meninos do tráfico), produzido por MV Bill e Celso Athayde, os novos traficantes vivem uma outra realidade – não se envolvem em conflitos com a Polícia, nem moram em favelas. São jovens que pertencem às classes média e alta.
As drogas comercializadas por eles são as “sintéticas”,sendo a mais vendida conhecida como ecstasy, de origem européia e norte-americana. Segundo dados relativos às apreensões nacionais, o ecstasy é a segunda droga mais mais consumida no Brasil, em seguida está a maconha. A maioria desses novos traficantes são universitários, que servem como “mulas” para transportar os entorpecentes do exterior para o país. O principal mercado produtor é a Amsterdã, na Holanda.
Ano passado, no Rio de Janeiro, ocorreu a maior apreensão registrada; um jovem de 22 anos foi preso por policiais federais com um quilo de skank e 33 mil comprimidos de ecstasy.Muitas vezes o envolvimento no crime se dá por influência de amigos ricos que garantem dinheiro fácil. No Brasil, drogas sintéticas são vendidas por um valor muito superior ao da Europa e E.U.A.
Não foi identificada ainda, nenhuma rede de tráfico de drogas sintéticas no Brasil.No Rio, investigações sobre o tema foram intensificadas. O perfil de jovens usuários assemelha-se bastante ao dos novos traficantes. Em 2005, foi desmantelada uma quadrilha que usavam a rede Orkut para vender drogas sintéticas pela internet.
Infelizmente, os jovens quando presos parecem não ter noção da gravidade de seus atos. Os novos traficantes fazem isso por algumas razões: garantia de status, lucro e consumo próprio.
Dados: O Globo
abr
03
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