“Bush vai para a terra dos foras-da-lei.” Com este título, o jornal britânico “The Times” publica uma reportagem sobre a viagem do presidente norte-americano George W. Bush para a América do Sul para participar da 4ª Cúpula das Américas e visitar o Brasil.
Para o diário britânico, o continente se transformou em outra dor de cabeça da política exterior americana depois do Iraque, pois a América do Sul, segundo o correspondente do “Times”, Gerard Baker, é o continente onde George W. Bush é mais detestado, depois do mundo árabe.
O correspondente do “The Times” afirma que os ventos na América do Sul são bem menos favoráveis aos Estados Unidos atualmente. Uma pesquisa do instituto de pesquisa chileno Latinobarômetro mostra que as impressões positivas a respeito dos norte-americanos caíram em todos os países da América do Sul desde que Bush assumiu a presidência há cinco anos.
Segundo o “The Times”, toda esta turbulência é uma ironia para Bush. O presidente americano promove, como principal objetivo de sua política exterior, a democracia.
Mas, com exceção de Cuba, toda a América Latina agora tem regimes democráticos e as relações entre o governo americano e os líderes destes países são complexas e tensas, bem mais do que no tempo em que a América do Sul era governada por ditadores amigos dos Estados Unidos, completa o diário londrino.
Protestos
O jornal americano “Washington Post” afirma que milhares de pessoas na América do Sul estão se preparando para mostrar ao presidente George W. Bush o que pensam a respeito de seu governo –e o quadro não será dos melhores.
O Post descreve um protesto no Brasil, em que os manifestantes foram para a frente da Embaixada Americana portando cartazes que diziam que Bush era o “Inimigo Público Número Um”.
O jornal ouviu Peter Hakim, presidente do grupo Diálogo Inter-americano, segundo quem as relações entre as regiões chegaram ao ponto mais baixo desde o fim da Guerra Fria. “Elas estão tristes”, disse Hakim ao jornal.
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