A CPI dos Bingos deve dedicar a próxima semana para investigar o caso da suposta remessa de US$ 3 milhões de Cuba para a campanha do campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre agosto e setembro de 2002.
A comissão aprovou nesta quinta-feira requerimentos do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) para convocar duas testemunhas envolvidas no caso –o empresário Roberto Carlos Kurzweil, dono dos Omegas utilizados pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e, segundo a revista “Veja”, pelo ex-secretário de Palocci Ralf Barquete para transportar os dólares, e o empresário Roberto Colnaghi, dono do avião que transportou o dinheiro de Brasília para São Paulo.
Ao chegar em Brasília, segundo a revista, o dinheiro ficou sob os cuidados de Sérgio Cervantes, representante da Embaixada de Cuba no Brasil.
De Brasília, o dinheiro seria levado para Campinas por Vladimir Poleto, ex-assessor do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, na prefeitura de Ribeirão Preto, acondicionado em três caixas de bebida.
Em Campinas, o dinheiro seria apanhado no Aeroporto de Viracopos por Ralf Barquete (que morreu de câncer em 2004), também ex-assessor de Palocci em Ribeirão. De lá, Barquete levaria o dinheiro para o comitê de Lula na Vila Mariana, em São Paulo, para o então tesoureiro Delúbio Soares.
A reportagem conta com o depoimento do advogado Rogério Buratti, ex-assessor do ministro da Fazenda, que confirma a versão. Ele disse que foi consultado por Barquete, a pedido de Palocci, sobre como fazer para trazer US$ 3 milhões de Cuba.
Buratti, então, teria sugerido trazer o dinheiro através de doleiros. O advogado, segundo a revista, não teve mais contato com o assunto, mas ficou sabendo que o dinheiro veio.
Poleto teria confessado à revista que ele mesmo transportou o dinheiro de Brasília para Campinas, mas que, na ocasião, não sabia que levava dinheiro. Segundo a reportagem, ele achava que era bebida e só ficou sabendo depois, por Barquete, que levava dinheiro.
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