A corrupção tem dois custos. Um é o rombo nos cofres públicos provocado pelo desvio do dinheiro. O outro refere-se ao aparelhamento do Estado para conter esse vício. Ontem, foram aportados US$ 3 milhões na tentativa de diminuir a incidência de fraudes na administração pública. O dinheiro será aplicado em projetos que fazem parte de um convênio firmado entre o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (Unodc) e a Controladoria-Geral da União (CGU).
O pacote de medidas contra a corrupção foi anunciado na sede da CGU, em Brasília. Parte do dinheiro que foi liberado para o convênio será usado na elaboração de uma pesquisa nacional com funcionários públicos para identificar onde estão as vulnerabilidades do setor público à corrupção. Essa pesquisa deve ser formulada e aplicada entre fevereiro e março de 2006.
Outra parcela do orçamento previsto para o convênio será destinada à capacitação de funcionários da Controladoria-Geral da União. Uma das possibilidades de melhorar a qualificação dos servidores será o treinamento da equipe brasileira por auditores da unidade anticorrupção da ONU em Viena, na Áustria. “A meta é transformar a CGU em centro de excelência no combate à corrupção”, afirmou Giovanni Quaglia, representante da Unodc para o Brasil e Cone Sul.
Cartões
Durante solenidade que comemorou o Dia Internacional contra a Corrupção, a CGU também anunciou algumas providências para inibir as fraudes na administração pública. Entre elas, está a disponibilização dos extratos dos cartões corporativos, usados como forma de pagamento por mais de mil funcionários públicos federais. Até então, o cidadão não tinha acesso a execução dos gastos feitos por essa modalidade.
Desde ontem, esses dados estão disponíveis na página do Portal da Transparência (www.portaldatransparencia. gov.br). No ano que vem, as movimentações financeiras de bancos públicos também serão publicados nesse endereço.
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