Três empresas que fornecem medicamento para o GDF, estão sendo investigados pelo Ministério Público. Elas são responsáveis por 48% do total de R$ 110 milhões que a Secretaria de Saúde do DF gastou com remédios no ano de 2005, as empresas Hospfar, Milênio e Medcomerce são acusadas de provocar um prejuízo milionário nos cofres públicos do Mato Grosso, fraudando licitações e superfaturando produtos. O Ministério Público do DF (MPDF) investiga se esse esquema de corrupção está acontecendo também em Brasília.
O Ministério Público de Goiás enviou ofício, acompanhado do inquérito da Delegacia Fazendária e Administração de Cuiabá (MT), ao procurador-geral do MPDF, Rogério Schietti, alertando que a fraude pode estar ocorrendo também no DF e em pelo menos outros 7 estados. Dos 15 indiciados pela Polícia Civil do Mato Grosso, 10 são do estado de Goiás, o que fortalece a suspeita do MPDF de que esse crime tenha acontecido em outros lugares. Há um mês o MP encaminhou pedido à Justiça para que proibisse o GDF negociar com essas empresas. Mas nada foi decidido ainda.
As primeiras suspeitas foram levantadas com investigação da policia que descobriu que apenas quatro empresas, todas com sede em Goiânia e Brasília, controlavam o fornecimento de medicamentos de alto custo em Mato Grosso. Não havia licitação nas contratações, pois, as empresas eram tidas como únicas representantes de grandes laboratórios, inclusive apresentando cartas registradas em cartórios.
Inquérito concluído em agosto de 2005 revela fraudes na compra de remédios que somam um prejuízo de R$ 2,2 milhões ao estado de Mato Grosso, entre janeiro e junho de 2003. Período em que foram comprados R$ 6,5 milhões em medicamentos de alto custo, que são fornecido aos portadores de mal de Parkinson, Alzheimer, doença renal, esquizofrenia e Aids.
Ficou provado que em seis meses, as empresas investigadas receberam o dobro dos valores negociados durante todo o ano anterior. A Policia do Mato Grosso está convencida de que existe uma quadrilha em fraudes de processos de licitação e que dela fazem parte servidores públicos e empresários que se favorecem do poder econômico para surrupiarem esses servidores”, diz a delegada Maria Alice Amorim, na conclusão do inquérito.
Dados: Correio Braziliense
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