À espera por decisões governamentais em relação ao aumento de salário e outras reivindicações, funcionários em greve promovem manifestações públicas. Ontem quatro manifestações movimentaram a Esplanada dos Ministérios. Segundo números da Polícia Militar, foram ao todo 900 manifestantes acompanhados por carros e trios elétricos, de onde eram declamadas as reivindicações.
Para os sindicatos, esses atos são o melhor jeito de se fazerem notado pelos responsáveis por decisões. Talvez por isso, um grupo de pessoas tenha se mobilizado e viajado de ônibus de Belém (PA) a Brasília para fazer um protesto de algumas horas, no centro do poder. Os temporários vieram da capital paraense para pedir a aprovação no plenário da Câmara dos Deputados, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 54/1999, que prevê a inclusão destes ao quadro fixo dos governos a que estão ligados — seja federal, estadual ou municipal.
O maior número de pessoas reunidas ficou por conta dos funcionários do Banco Central, que estão em greve há 16 dias. Cerca de 500 servidores percorreram a Esplanada atrás de um trio elétrico e pararam em frente ao Palácio do Planalto. Para reunir esse contingente foi preciso adotar uma ação estratégica, o Sindicato Nacional dos Funcionários do BC (Sinal) e o comando de greve ligou para as casas dos grevistas, convocando-os para a passeata. Segundo Tarso Calovi, presidente do Sinal, a maioria dos funcionários não vai trabalhar e nem participa das atividades e manifestações.
Para o Sindicato dos Policiais Federais do DF, que também aguarda decisão governamental sobre o aumento de salário, aqueles que se dizem representantes se reúnem, se encontram, conversam, desconversam, omitem, dissimulam e prometem, garantem, prometem e prometem. Esses representantes não tiveram sequer a capacidade de formular uma proposta de aumento, reajuste ou seja lá o nome que queiram batizar o aumento de salário, tão sonhado e esperado por todos.
Na última assembléia do Sindipol/DF ficou decidido que, apesar de não se iniciar um movimento grevista, a categoria se manteria mobilizada e, caso seja necessário, seriam adotadas medidas drásticas para demonstrar ao governo o tamanho da insatisfação, como por exemplo movimentos paredistas.
Dados: Correio Braziliense
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