O EPF Francisco Rogério de Sousa denunciou descaso do serviço médico, quando solicitou que fosse disponibilizada a ambulância para transportar seu genitor, que é paciente terminal de grave moléstia. Os fatos teriam ocorrido durante os meses de novembro/dezembro de 2006 e janeiro de 2007.
O sindicalizado solicita ao sindicato que cobre da administração do DPF, bem como torne público o descaso sofrido.
Conheça alguns trechos dessa triste história
…“Atuando como Escrivão de Policia Federal, desde 1985, o sindicalizado, mais precisamente no mês de novembro próximo passado, foi surpreendido juntamente com seus familiares, com o estado de saúde de seu pai e legal dependente PAULO SILVA DE SOUZA”…
…Apos vários exames e a rápida debilitação da saúde de seu pai, surpreendido com um tumor cerebral, foram necessários vários procedimentos de emergência, dentre estes a internação do mesmo no HOSPITAL DE BASE DE BRASILIA, no inicio do mês de dezembro…..
Quando chegou o momento de internar seu pai, o servidor solicitou ao serviço médico do DPF, uma das viaturas do tipo ambulância, para proceder a remoção do doente. Na oportunidade, a substituta do chefe do Serviço Medico negou, sob a alegação de que a viatura (ambulância) só poderia sair se fosse acompanhada de um médico e um enfermeiro, porém não haveria tal pessoal disponível.
…Diante da recusa, e dada a seriedade dos fatos, este signatário precisou contar com a colaboração de corpo do bombeiros do DF, para realizar tal transporte….
Passado algum tempo, o paciente retornou ao lar, porém logo depois teve de ser novamente internado, dessa vez no Hospital de Apoio do DF – Novamente foi solicitada a ambulância do DPF, porém apesar dos obstáculos para o empréstimo do veiculo, haveria de ser liberada, …porém o servidor deveria assinar um termo de compromisso se responsabilizando por tudo que ocorresse durante o transporte, vez que a viatura ambulância, seria emprestada apenas com um motorista, ou seja, sem médicos ou enfermeiros.
Por conta da nefasta situação, os familiares dispensaram os “bons préstimos do SIMED” e, após mendigar novamente em quartéis do corpo de bombeiros, conseguiram êxito na remoção de seu pai.
“Gostaria de desabafar que toda a situação, por si já e extremamente difícil, muitas portas se fecham quando se precisa, e quando foi solicitada uma ambulância para o transporte de paciente em estado grave, jamais poderia brincar com os fatos. Solicitei a ambulância para transportar meu pai para o Hospital e logicamente não faria um pedido assim para ir ao shopping, ou sei lá pra onde.”
“O Serviço Medico do DPF possui ambulâncias equipadas, mas não existem pessoas qualificadas para o trabalho? Onde estão os servidores da area de saude do DPF??? Será que estão trabalhando em outros hospitais, no horário em que deveriam atender ao servidor público Federal”?
“…Gostaria de ter essas respostas, por isso, após mais de vinte anos como servidor do DPF, desempenhando minhas funções de Escrivão de Policia Federal com total zelo e probidade para o êxito da atividade fim do Departamento de Policia Federal, primeiramente gostaria de tornar publico o descaso e a indignidade que sinto por não poder contar com aquele a quem dediquei uma boa parte da minha vida, mas gostaria principalmente de agradecer toda a atenção dispensada a mim e a todos os meus familiares, neste momento difícil que agora estamos passando…”
“…
Com tantos médicos contratados pelo DPF, como pode não haver, um sequer disponível para emergências. Há pouco tempo um papiloscopista sofreu uma parada cardíaca durante a prática desportiva e não garantido socorro a não ser pelos outros policiais que jogavam futebol.
Sinceramente, o Sindipol não poderia exigir que o DPF cuidasse de assuntos particulares, porém o bem público deve ser utilizado sempre em prol da sociedade, e no caso em pauta, omissão de socorro pode ser crime gravíssimo.
O SIMED possui ambulâncias ociosas, pois segundo consta, nem sempre estão disponíveis profissionais para sua utilização. Um paciente “a beira da morte” é caso grave, que sobrepõe qualquer regra ou instrução normativa interna.
Esperamos que, no mínimo por humanidade, tais circunstâncias deixem de ocorrer.
Enquanto um delegado de polícia federal é acusado de utilizar indevidamente um avião, uma ambulância é negada para um trajeto que não gastaria nem dois litros de combustível. Como diria um repórter amigo meu: ISTO É UMA VERGONHA
UNIDOS SEREMOS MAIS FORTES
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