Ontem, dia 05 o presidente do Sindipol/DF, Cláudio Avelar, se reuniu com os funcionários lotados no Caop. Na oportunidade os presentes apresentaram reivindicações em relação às condições de trabalho. Segundo informações dos sindicalizados, os problemas apresentados na reunião ocorrida em setembro/2006 continuam, pilotos não pilotam, operadores não operam e as aeronaves continuam paradas. A mais grave das queixas apresentadas diz respeito à má administração dos recursos financeiros destinados à CAOP que acarreta na falta de diversos serviços necessários ao desempenho das funções, bem como o péssimo ambiente de trabalho, demonstrado pelas perseguições de caráter pessoal.
Cláudio tomou conhecimento da situação em que trabalham os pilotos e operadores que acabam “pagando para trabalhar”, pois não existe recurso destinado ao custeio de exames médicos e taxas necessárias para a realização do serviço. “Os pilotos precisam se manter com a licença em dia, ainda que as aeronaves estejam paradas, a renovação da licença é anual e obrigatoriamente realizada pela Aeronáutica com um custo de aproximadamente R$ 100,00(cem reais), já os exames médicos são realizados semestralmente e custam
A situação é ainda pior para aqueles que esperam pelo curso de formação de pilotos do DPF, pois não existe critério de avaliação para a seleção dos servidores aptos a realizarem o curso. A falta desses critérios demonstra que mais uma vez a escolha se torna algo pessoal, onde o que vale é o “QI” – (quem indica). Na opinião dos funcionários essa escolha deveria ser feita através de um processo seletivo que avaliaria as condições físicas, técnicas e psicológicas, analisando o perfil dos candidatos.
Além de todos os problemas internos, os policiais do CAOP ainda têm que conviver com os problemas que afetam à categoria policial federal como um todo. O Projeto de Lei Orgânica do MJ com as irregularidades já apontadas, a falta da Carreira Única e o não reconhecimento do Nível Superior, problemas esses que causaram a manifestação do último dia 15. Sobre tais pontos Cláudio Avelar informou que as providências cabíveis estão sendo tomadas, e que os sindicatos de todo o pais estão mobilizados e não vão permitir que mais essa devassidão seja cometida contra os policiais federais.
O sentimento do Sindipol/DF é de repúdio à atitude dos “maiorais” responsáveis pela administração da CAOP, “não é justo que os profissionais ali presentes, não possam exercer as funções a eles cabidas, é um trabalho específico que requer conhecimento técnico e profissionalismo, no entanto o trabalho deixa de ser realizado para dar lugar à vaidade”, finalizou Avelar.
O Sindipol/DF entende que o servidor deve se valorizar, não aceitando imposições aviltantes. Para um administrador mão de ferro haverá em contra partida um sindicato mão de ferro, que estará sempre atento apoiando o sindicalizado.
Infelizmente na CAOP o clima não é bom, porém grande parcela de culpa é daquele que nomeou os administradores, que certamente não atentou aos critérios da qualificação, conhecimento técnico e administrativo. É impossível entender que alguém se torne “chefe” sem conhecer o serviço, sem haver feito, para poder saber como se faz.
Os pilotos talvez não tenham ainda percebido que além de imprescindíveis, são insubstituíveis e, portanto, podem e devem exigir tratamento compatível. É muito fácil demonstrar a incompetência do mau administrador, pois os erros cometidos sempre refletem no resultado do trabalho e nesse caso: aeronaves paradas, falta de verba, falta de manutenção e por fim a “magnífica” aquisição de um avião de cifras milionárias que não serve, pois não voa.
UNIDOS SEREMOS MAIS FORTES
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