Os policiais federais do Distrito Federal adiaram a paralisação de 24 horas prevista para ser realizada amanhã (4), que teria abrangência nacional. A decisão foi tomada ontem durante assembléia geral da categoria na sede do Sindicato dos Policiais Federais do DF (Sindipol), que reuniu centenas de trabalhadores.
A suspensão da greve-relâmpago foi motivada devido ao agendamento de uma reunião que está prevista para ocorrer, na próxima terça-feira (10), com técnicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. De acordo com Cláudio Avelar, presidente do Sindipol-DF, a categoria resolveu esperar e conferir qual será a proposta do governo.
“Não vamos fazer a paralisação porque temos essa reunião e se pararmos amanhã poderíamos dar motivo para o governo suspender as negociações. Vamos trabalhar normal até o dia 10, mas se não houver uma proposta positiva, vamos, sim, decretar greve por tempo indeterminado, com operação-padrão. Fecharemos tudo, portos e aeroportos”, avisa Avelar.
Caso os policiais federais entrem em greve, serviços essenciais à população serão suspensos. Entre eles emissão de passaporte, investigações policiais, segurança privada, atendimento nos aeroportos, portos e controle de fronteiras. A Polícia Federal (PF) conta com 15 mil funcionários de todas as categorias, sendo mais de dois mil apenas na capital federal.
Acordo e paralisação – Os federais reivindicam o cumprimento do acordo salarial firmado em fevereiro de 2006 com o Ministério da Justiça, que previa o pagamento de 60% de reajuste aos policiais, dividido em duas parcelas. A primeira foi efetuada em julho, mas a segunda, prevista para dezembro de 2006, ainda está pendente.
Na última paralisação-relâmpago, realizada na quarta passada (28), quase todos os estados brasileiros aderiram à paralisação. No DF, cerca de 70% da categoria participou do movimento paredista. Para amanhã, os policiais federais de alguns estados brasileiros ainda devem decidir se vão ou não aderir à greve-relâmpago como forma de pressão.
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