(Foto: Alerj – 14/12/05) |
O diretor-executivo da Polícia Federal, Zulmar Pimentel dos Santos. |
Zulmar é o segundo na hierarquia e, até o final do ano passado, era um dos dois nomes cotados para substituir Lacerda, caso o delegado deixasse o comando da PF este ano.
Zulmar é acusado de vazar informações sigilosas para João Batista Paiva Santana, ex-superintendente da PF no Ceará, e com isso inviabilizar uma investigação sobre o envolvimento do delegado e de mais três colegas com um esquema de corrupção de vários empresários, entre eles Zuleido Veras, dono da empreiteira Gautama. “No dia 23/02/06, na cidade de Fortaleza, o diretorexecutivo Zulmar Pimentel informou ao então superintendente regional do Ceará, delegado João Batista, acerca da existência de investigação contra o mesmo, inviabilizando, assim, o prosseguimento desta”, diz o relatório da Divisão de Contra-Inteligência da PF.
O relatório serviu de base para que a ministra Eliana Calmon decretasse a prisão de 48 políticos, empresários e lobistas supostamente envolvidos com um esquema de desvio de verbas públicas e pagamento de propina que seria chefiado por Zuleido Veras. O documento informa ainda que estavam sendo investigados ainda o atual secretário de Segurança Pública na Bahia, Paulo Bezerra, o superintendente da PF no estado, César Nunes, e o ex-superintendente da instituição em Sergipe Rubens Patury. Eles estavam sendo investigados pela Operação Octopus, origem da Operação Navalha.
O Sindicato dos Policiais Federais na Bahia vai pedir ao Ministério Público Federal o afastamento imediato de Nunes e de todos os envolvidos.
— Como o nome já diz, é preciso cortar na própria carne, afastando essas pessoas até o esclarecimento de todos os fatos — disse o presidente do sindicato, João Carlos Sobral.
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