Da Redação
Edilson Rodrigues/CB |
Tarso Genro disse que medidas serão adotadas a partir de outubro |
Uma das medidas adiantadas pelo ministro e pelo secretário Nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, é a criação de um piso salarial de até R$ 1.600 para os policiais, que ainda seriam beneficiados com a implantação de um plano de saúde com acompanhamento psico-social e financiamento especial para habitação pela Caixa Econômico Federal.
Genro disse que Lula ficou “entusiasmado” com a proposta, especialmente pelas ações voltadas para os jovens e às famílias das regiões carentes. O ministro evitou falar em valores para a implantação do programa. As discussões com os ministérios da Fazenda e do Planejamento ainda não foram concluídas. O programa pretende integrar as políticas sociais com medidas de reabilitação da força policial e passa, ainda, por iniciativas que envolvem a melhoria no sistema penitenciário, da própria gestão da segurança pública e a reabilitação de jovens infratores.
“O programa encontra um ponto intermediário entre a necessidade de qualificação técnica, funcional, científica das polícias e aumento de efetivo com os programas de governo que estão em andamento”, disse Tarso Genro, após a apresentação da versão final do programa ao presidente.
Recursos
O ministro anunciou que o governo deve abrir concurso para policiais federais e assistentes sociais. Além disso, estuda formas de melhorar os repasses de recursos a estados e municípios para evitar a repetição de obstáculos enfrentados em programas anteriores, quando muitas regiões deixaram de receber o dinheiro por problemas burocráticos. Novos presídios deverão ser construídos, incluindo alguns exclusivos para mulheres, bem como novas unidades para menores infratores. Ao mesmo tempo, o governo deve abrir cursos de alfabetização para jovens.
Na questão social, o ministro citou novo foco nas políticas para reabilitação do jovem infrator. “Com a análise dos assistentes sociais, os jovens infratores vão ser alocados em um programa social adequado à sua personalidade e ao grau de infração”, disse. Os infratores adolescentes poderão ser incluídos em cursos de alfabetização. “Essa avaliação vai depender da apreciação do assistente social treinado”, afirmou Genro.
Segundo o ministro, o Pronasci passa agora pela fase de discussão com a sociedade e formatação jurídica, que incluirá ajustes legislativos, decretos e disponibilização de recursos. “A idéia é que ele possa começar no segundo semestre, particularmente no mês de outubro, com a assinatura dos primeiros convênios”, disse.
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