O Tribunal de Justiça de Brasília proibiu policiais de entrar armados nos julgamentos. O Policial Civil, André Risso que participa de operações contra o tráfico e roubo de carros, foi impedido de entrar porque estava armado. “A arma é um bem do Estado a cautelar da minha pessoa, e essa cautela é pessoal e intransferível, não posso passar ela a ninguém por força de lei”, disse Risso.
Por causa da proibição, outros policiais também estão se recusando a entrar no tribunal sem a arma, eles alegam que são agentes públicos a serviço do Estado, e se sentem ameaçados com a presença de familiares dos acusados. Os policiais alegam que ficam desprotegidos e sem qualquer chance de defesa na companhia de parentes dos acusados.
Um policial que não quis se identificar, prendeu no mês passado um dos maiores traficantes de drogas do Distrito Federal, convocado para depor, ele também não aceitou a deixar a arma na portaria. “A única certeza que eu tinha é que eu estaria desarmado naquele momento, e isso representa risco à minha vida”, disse o policial.
Sem o depoimento dos policiais, os julgamentos são adiados, vantagem para os réus, muitos deles criminosos que não são punidos por causa de burocracia. Se o policial não comparece ao depoimento e o Ministério Público insiste na oitiva desse policial, pode haver um excesso de prazo, e o juiz ser obrigado a soltar na maioria das vezes um culpado.
Ascom com informações da Band News
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