No dia 07/02/07, a repórter Andréa Michael, da Folha de São Paulo, noticiava que o DPF investigava o Corregedor-Geral, delegado José Ivan Guimarães Lobato, em virtude de denúncias de que este teria recebido, indevidamente, dinheiro dos cofres públicos.
A reportagem – Polícia Federal investiga seu corregedor – assinalava que o Delegado IVAN LOBATO, que na função de Corregedor-Geral tem a atribuição de fiscalizar a conduta dos demais policiais do DPF, teria solicitado e recebido indevidamente a quantia de R$27,6 mil, além de passagens aéreas e diárias, custeadas pelo DPF.
A quantia de R$ 27,6 mil seria referente à ajuda de custo recebida para “custear sua transferência e de seus familiares [mulher e duas filhas]” de Brasília para Rondônia, em abril de 2.000. Segundo as denúncias, as três teriam permanecido em Brasília, não se transferindo para a cidade de Porto Velho.
Já as passagens aéreas e as diárias teriam sido solicitadas e recebidas indevidamente, já que em cerca de 12 ocasiões, entre 2004 e 2005, as referidas viagens ocorreram quando o delegado era o Superintendente da Polícia Federal
Com base nestas denúncias, foi instaurada uma Sindicância Investigativa em 26/01/07, tendo sido designada como sindicante a Delegada NEIDE ALVES ALMEIDA ALVARENGA, ela mesma ex-Corregedora-Geral. Ocorre que esta delegada estaria sendo investigada pelo Tribunal de Contas da União pela mesma prática irregular, quando foi transferida em, 2005, de Brasília para Tocantins, recebendo cerca de R$35,5 mil para levar seus dependentes para aquele estado. Segundo a denúncia, suas filhas já residiam em Palmas/TO quando a delegada foi transferida.
De acordo com outra matéria da mesma jornalista – O outro lado -, tanto o – AINDA – atual Corregedor-Geral como a ex, negam a prática de qualquer irregularidade.
Sobre os R$ 27,6 mil que teria recebido para mudar-se com os parentes para Rondônia, o delegado IVAN LOBATO afirma que levou as filhas, mas que naquela cidade não encontrou escola para as filhas. Estranhamente, afirma que nunca chegou a rescindir as matrículas de suas filhas no Colégio Militar de Brasília, onde estudavam… Já com relação as viagens durante feriados para Brasília, LOBATO afirma que foram todas a serviço, “já que policiais trabalham em dias não úteis”.
(Você policial já foi convocado às vésperas de Ano Novo e outros feriados para alguma reunião de serviço na cidade em que sua família reside!?).
Já a delegada NEIDE ALVARENGA afirmou que transferiu seus familiares, que hoje moram em Palmas (TO).
Com tais atitudes, os dois últimos chefes da Corregedoria do DPF macularam a espinhosa função, única do órgão assegurada por mandato, com a duração de 3 anos.
Até o momento, ao que pudemos apurar, a referida Sindicância não teve seu resultado publicado (apesar de já se terem passados mais de 10 meses), mas o delegado IVAN LOBATO já teria devolvido para a União parte dessa verba, o que seria a sua confissão no cometimento das irregularidades noticiadas.
Infelizmente, isso tudo ainda não foi suficiente para que o delegado IVAN LOBATO, gozando de estabilidade na função de Corregedor-Geral, tivesse a iniciativa de pedir sua própria exoneração.
Será que teremos que esperar até que seu mandato acabe, em dezembro de 2008?
O SINDIPOL não esqueceu!
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