Eveline Cunha
Direto de São Luís
A Polícia Federal cumpre 34 mandados de prisão e cinco de busca e apreensão nos Estados do Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais e São Paulo. A Operação Diamante Negro visa desarticular um grupo suspeito de exploração ilegal de carvão de vegetação nativa para abastecer em grande escala a indústria siderúrgica
Segundo as investigações, servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Agência Fazendária (Agenfa), Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e da Polícia Rodoviária Federal.
De acordo com a PF, a quadrilha designava uma pessoa que arregimentava mão de obra barata, inclusive menores de idade, que instalavam carvoarias clandestinas que devastavam a madeira nativa, inclusive em áreas de preservação ambiental, para transformarem a madeira em carvão vegetal.
A venda e o transporte seriam feitos sem a utilização do documento de Origem Florestal (DOF), com a conivência de servidores públicos lotados nas cidades de Paranaíba e Três Lagoas.
Ainda de acordo com a PF, o grupo responderá também por crimes à administração pública, ordem tributária, ao meio ambiente e corrupção de servidores públicos federais e estaduais. As investigações referentes ao envolvimento de Policiais Rodoviários Federais, principalmente do Posto de Paranaíba (MS), foram acompanhadas e confirmadas por setores próprios da superintendência da PRF no Estado.
Todos os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Três Lagoas (MS). Cerca de 140 policiais federais e 30 policiais rodoviários federais participam da operação.
Operação Olho Vivo
No Maranhão, em duas semanas, o Ibama apreendeu 34 caminhões carregados de madeira, somando um total de R$ 7,786 milhão. Os fiscais bloquearam as principais rodovias por onde saem os caminhões carregados de madeira da região amazônica. Geralmente o transporte é feito à noite.
Os traficantes usariam truques para cometer o crime: colocariam uma quantidade inferior na guia de transporte e levariam bem mais do que foi declarado. Outro problema é que eles declarariam estar transportando madeira de qualidade inferior, quando na verdade levam madeira nobre.
A Operação Olho Vivo entra em uma nova etapa que é a fiscalização de fornos nas carvoarias. Já foram destruídos 41 fornos ilegais nos últimos três dias na região sudoeste do Maranhão.
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