O novo secretário de Segurança Pública tomou posse nesta quinta-feira, dia 31. Ele promete colocar a polícia nas ruas e ter uma maior integração com o governo federal
Renata Feldmann / Almir Queiróz
O delegado da Polícia Federal Valmir Lemos de Oliveira tomou posse diante de comandantes da Polícia Civil e Militar e de várias autoridades, como o diretor da Polícia Federal, o secretário Nacional de Segurança Pública e o ministro da Justiça, Tarso Genro, que deu o aval ao nome dele. No fim do discurso, se emocionou ao falar da família.
O novo secretário demonstrou estar afinado com o governador José Roberto Arruda, ao defender maior proximidade com o governo federal. Disse que precisa de duas semanas para conhecer os problemas e apontar possíveis mudanças. Mas adiantou que vai por a polícia nas ruas.
“A sociedade parece que tem sentido falta da presença de policiais nas ruas. A nossa preocupação é verificar se existem policiais suficientes, talvez possam não existir. Mas, se existir, vamos procurar saber onde eles estão e tentar verificar como eles estão trabalhando”, destaca o secretário de Segurança, Valmir Lemos.
Após transferir o cargo, o general Cândido Vargas disse que foi usado como moeda de troca. Afirmou ter ouvido do governador que vinha sofrendo pressão do ministro da Justiça para substituí-lo por causa da atuação dele à frente da segurança pública. E apesar de ser contrário à Força Nacional de Segurança, ele negou que tenha atrapalhado a instalação da sede de um batalhão especial no DF.
O ex-secretário disse que aceitou ceder 250 homens para o batalhão para atuar em operações especiais em outros estados, além de ajudar a manter a força no Entorno e desabafou: “é mais um estado da Federação, 17º ou 18º, em que o secretário é oriundo da Polícia Federal. Ou seja, o governo atual está pretendendo federalizar a segurança pública no país”, enfatiza o general Cândido Vargas.
O governador Arruda defendeu que haja sintonia com o governo federal. “Efetivamente, segurança pública não é questão de governo. É questão de Estado. Embora existam diferenças partidárias entre o GDF e o governo federal, neste momento nos estamos nos dando muito bem”, afirma.
Depois da posse, o novo secretário se reuniu com o general Cândido Vargas para começar a transição.
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