O segundo dia do Congresso Nacional dos Policiais federais teve como painel a complexa relação entre a imprensa e a polícia na manhã de terça-feira, com os repórteres da revista Isto É, Hugo Marques e do jornal do Brasil, Vasconcelos Quadros. O debate teve como mediador o diretor de Comunicação da Fenapef, Josias Fernandes Alves, abordando questões como privilegiar alguns veículos de comunicação em detrimento de outros e exposição de presos.
Os profissionais da imprensa criticaram o que alguns chamam de jornalismo investigativo. Para ambos quem investiga é a polícia. “Nosso trabalho é complementar a uma investigação que já vem sendo realizada pela polícia”.
O repórter da Isto É pregou uma união entre imprensa e Polícia Federal, uma no combate ao crime e outra mostrando o trabalho dos policiais no ataque aos criminosos do colarinho branco, ressaltando ainda, a importância do trabalho realizado pela polícia, que agora policiais e a instituição como um todo terão de encarar a elite política e o crime organizado que está infiltrado em esferas importantes do poder.
O Inquérito Policial também recebeu críticas dos repórteres e do plenário. “A maior parte dos inquéritos não dá em absolutamente
Para Vasconcelos Quadros, o IPL é um instrumento sem sentido. Ele elogiou a iniciativa da Federação que encomendou uma pesquisa nacional para mapear o papel do inquérito em várias capitais brasileiras.
A operação Satiagraha também foi tema para discussão, jornalistas destacaram que é quase impossível por um ponto final nisso, mas concordaram que há excessiva personalização do trabalho da polícia.
O ex-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Francisco Carlos Garisto salientou que esse é um processo nefasto para a polícia e que começou na gestão Tuma como diretor-geral.
O atual presidente da Fenapef, Marcos Wink condenou o delegado Protógenes Queiroz que optou pelo exibicionismo diante dos holofotes no desfecho da Operação Satiagraha. “Quem perde com isso é a investigação realizada pela PF”, ressaltou.
Para o diretor de Comunicação da Federação o debate foi positivo porque avançou sobre temas que estão no dia-a-dia dos policiais.
Ascom com informações da Fenapef
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