out
02
Inquérito sobre grampo ilegal conclui ainda que integrantes da agência também acessaram transcrições de escutas telefônicas
O inquérito da Polícia Federal que investiga o grampo ilegal de conversa entre o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) constatou que um número superior ao de 56 agentes, divulgado pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência), trabalhou na Operação Satiagraha.
Sem fechar com precisão o total de servidores, os delegados Wiliam Morad e Rômulo Berredo, responsáveis pelo inquérito, concluíram também que, além de monitorar os investigados com fotos, os agentes acessaram e manusearam transcrições de grampos. As imagens estão com os delegados, segundo a Folha apurou.
Ontem, data em que o inquérito deveria ser concluído, o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, se reuniu com Mendes no STF. Ambos não falaram sobre o teor do encontro.Morad e Berredo encaminharam o inquérito à Justiça Federal e solicitaram a prorrogação do prazo, já que os primeiros 30 dias foram insuficientes para se confirmar se de fato o grampo existiu e o suposto autor.
O Ministério Público também deve se manifestar.Deflagrada em julho, a Satiagraha prendeu o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, executivos do banco, além do investidor Naji Nahas e do ex-prefeito Celso Pitta.
A Abin afirmou que não irá se manifestar até a conclusão do inquérito. O delegado que chefiou a Satiagraha, Protógenes Queiroz, não foi achado.Os assessores da presidência do STF enviaram ontem à Procuradoria Geral da República requerimento pedindo “amplas investigações” sobre quem seria o autor da divulgação de um suposto jantar ocorrido em Brasília entre eles e representantes de Daniel Dantas, antes mesmo de sua prisão.
Comments are closed.