O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa, esteve ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) e conversou com o presidente da corte, Gilmar Mendes, sobre o inquérito que apura a interceptação ilícita de uma conversa telefônica entre o ministro e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
De acordo com Corrêa, as investigações sobre o caso estão avançando. Atualmente, existem três inquéritos para apurar suspeita de irregularidades em operações que foram feitas por policiais federais. Um desses inquéritos investiga o grampo sofrido por Gilmar Mendes, que acabou causando o afastamento de toda a cúpula da Agência Brasileira de Inteligência a Abin.
No início de setembro, o presidente do Supremo foi ouvido no inquérito que apura o grampo ilegal. Na ocasião, Mendes disse que tinha desconfiança de que suas conversas telefônicas vinham sendo gravadas desde a Operação Navalha, deflagrada pela Polícia Federal em 2007.
Naquela época, Mendes relatou ter recebido uma ligação de uma jornalista perguntando sobre uma conversa telefônica que ele havia tido cerca de duas horas antes com o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. Durante esse diálogo, o presidente do Supremo sinalizara ao procurador-geral que soltaria as pessoas que tinham sido presas sob suspeita na Operação Navalha.
Ascom com informações do O Estado de S. Paulo
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