Os representantes dos sindicatos da Polícia Federal e Fenapef se reuniram com o Ministro da Justiça, Tarso Genro na última assembléia geral realizada em Brasília no início do mês de outubro. O Ministro sinalizou de forma positiva as reivindicações e propôs a apresentação do Projeto de Lei orgânica até o dia 12 de novembro. O Ministro da Justiça nomeou uma comissão formada por homens de sua confiança com a finalidade de produzir uma minuta do tão sonhado projeto que regulará as relações internas, atribuições, cargos, etc.
A posição favorável do Ministro desmontou o calendário de paralisações que seria iniciado no dia 22 de outubro. Os sindicatos esperam pelo cumprimento das promessas ou por mais uma traição, que na visão do Sindipol/DF já começou, quando duas mil vagas foram aprovadas, sendo que grande parte para delegados e Peritos, apesar da super lotação desses quadros. E ao que tudo indica, no próximo apenas esses serão chamados para a ANP. O sindicato de Brasília solicitou ao DG e ao Ministro que essas vagas fossem suspensas até o desenrolar final da Lei Orgânica ou que pelo menos fossem destinadas somente para os cargos de agentes, escrivães e papiloscopistas, mas não houve sequer resposta.
O sindicato de Brasília aproveitou a oportunidade da reunião com o Ministro para alegar desconfiança sobre a Comissão, pois um dos membros é filho de um Delegado da Polícia Federal, que já ocupou inclusive as cadeiras de Superintendente e Diretor Geral, além de manter relações com uma Delegada, que atualmente assessora o atual DG.
A solicitação do Sindipol/DF não foi aceita com a alegação de que o fato “de um pai não ser justo, não faz de seu filho um homem mal”. A Fenapef e alguns sindicatos não se incomodaram com esse peculiar detalhe, dando mais uma vez crédito ao Ministro. Porém ficou registrada a indignação pela nomeação suspeita, na visão particular do sindicato de Brasília.
O Presidente do Sindipol/DF, Luís Cláudio Avelar ressaltou que os maiores problemas do DPF não dependem de uma Lei Orgânica, mas sim de um pouco de boa vontade, “atribuições e funções de nível superior para agentes, escrivães e papiloscopistas; distribuição eqüitativa de vagas entre os cargos; democratização na ocupação dos cargos, baseando-se em critérios objetivos de competência e qualidade, etc”, diz Avelar.
A diretoria do Sindipol tem recebido inúmeras manifestações de insatisfação, quando à condução dos trabalhos relacionados à Lei Orgânica, porém deve ser lembrado que nenhum representante do Sindicato do DF participa dessa etapa, pois apenas a Federação Nacional, na qualidade de representante nacional, foi convidada pelo MJ, além da ADPF, APCF E ABRAPOL.
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