A Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal encaminhou ontem segunda-feira (10/5) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) requerimento para que informe se os deputados Batista das Cooperativas (PRP) e Dr. Charles (PTB) são investigados no inquérito 650/DF, da Operação Caixa de Pandora. A procuradoria questiona também se há envolvimento de algum integrante do Partido dos Trabalhadores (PT) no esquema de corrupção.
No dia 29 de abril, o delator da Operação Caixa de Pandora e ex-secretario de Relações Institucionais apontou mais dois deputados que seriam beneficiários de vantagens: Dr. Charles (PTB) e Batista das Cooperativas (PRP). E disse, sem apontar nomes, que o PT também “tem os seus pecados” na ex-administração de Arruda.
A mesa diretora da Câmara decidiu que a representação por quebra do decoro parlamentar contra Dr. Charles e Batista das Cooperativas só será apresentada após a análise da Procuradoria da Casa.
Segundo o depoimento de Durval, Dr. Charles tinha tratamento diferenciado em relação a outros deputados. Recebia entre R$ 80 mil e R$ 100 mil por mês para apoiar o governo. Batista também tinha relação especial. Além do mensalão, o distrital do PRP tinha outros interesses e era “recebedor, beneficiário de muita coisa”, segundo Durval.
Na ocasião, Durval lamentou ter apoiado Arruda, e insinuou que integrantes do PT também estariam envolvidos com os escândalos da gestão passada do governo.
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