Os policiais federais e demais servidores do DPF conhecem um pouco da história do agente federal e sindicalista José Pereira Orihuela. Policial federal, sem uma única mancha em sua ficha funcional, Pereira foi demitido da PF. Motivo da demissão: perseguição por sempre estar à frente das mobilizações da categoria e por denunciar diversos desmandos dentro da Instituição em Roraima.
Não bastasse tudo que teve que enfrentar ao longo de sua vida funcional e como defensor dos direitos dos policiais federais, Pereira agora se depara com outro fato inusitado. A máquina burocrática do DPF o notificou de outros dois processos disciplinares (PAD). Em um deles, o mais surreal, ele é chamado a se defender porque teria, por meio de ofício, se dirigido ao chefe da época e a administração, de forma depreciativa.
Ocorre que José Pereira Orihuela denunciou a existência de algumas dezenas de quilos de explosivos bem embaixo dos pés dos servidores na Superintendência Regional da PF no Estado. Pereira pediu providências para que a “bomba-relógio” fosse tirada da PF e daí em diante sua vida de sindicalista virou um inferno.
A gota d´água que motivou a demissão do policial foi uma ocorrência onde atendeu uma senhora vítima de racismo. Pereira foi ao socorro da mulher vitimada pela violência racial e advertiu o agressor de que se o fato se repetisse ou se ele cumprisse as ameaças contra ela iria preso. O agressor, que responde a dois processos em Roraima, um por lesões corporais graves e um por homicídio doloso, denunciou Pereira na PF por ameaça e foi o que bastou para que um processo, onde consta o depoimento do agressor na íntegra, sepultasse a carreira de um policial federal.
“Não bastasse todos os percalços que tivemos que passar na árdua luta sindical, da demissão e da insegurança jurídica agora tenho que enfrentar isso”, diz Pereira indignado.
A Fenapef já entrou em contato com Pereira e está dando todo apoio ao policial.
Fonte: Agência Fenapef
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