Por: Luiz Carlos P. Elias
Caros Colegas,
Li os comentários postados no site sobre a entrevista do vice-presidente do SINPEF/PB e isso me despertou a vontade de comentar os sentimentos (de desesperança) de alguns colegas em relação a esta temática, que tenho como naturais em virtude de tudo que vivemos e conhecemos das realidades do DPF e do Brasil.
Alguns mostram descrença na proposta, outros um certo imediatismo (quando invocam a justa necessidade de lutarmos por melhores rendimentos). Já outros apontam as dificuldades de implementá-las, entre outras coisas. Diria que estão todos certos. Contudo, as coisas não são simples assim!
Toda mudança significativa exige um longo processo de negociação, resulta em perdas e ganhos, leva tempo (e tem de haver o primeiro passo – já o fizemos), exige amadurecimento das partes e dos processos, requer ajustes e reajustes o tempo todo, avanços e recuos, colocação e retirada de idéias.
Desde o início desse processo, tivemos algumas idéias brilhantes, entre elas estão exatamente a CARREIRA ÚNICA e agora o OPF. Assim como vocês, também tenho muitas dúvidas. Seria obtuso se não reconhecesse as dificuldades. Sei que ainda há lacunas que não foram devidamente respondidas. Todavia, acredito que essas respostas virão a seu tempo.
Quando atingirmos o objetivo e olharmos para trás, veremos que um longo, fatigante e penoso caminho foi percorrido. Poderemos analisar com clareza o que foi erro e acerto. No entanto, agora o que temos certeza é que NÃO PODEMOS PARAR, estamos em curso, e só deveremos aportar no objetivo alcançado.
O sucesso não é um acontecimento isolado. Ë o resultado de muitas etapas que incluem planejamento, amadurecimento de idéias, incertezas, embates, dor, perseverança, crença no objetivo. Ele não é simplesmente um destino, mas sobretudo uma longa trilha e com muitos obstáculos.
Ainda não implementamos a carreira única e o OPF está em plena discussão. Talvez até nem os implementemos ou surjam outras idéias ao longo do caminho. Não importa. O fato é que já começamos a traçar o nosso futuro profissional. Faremos o nosso futuro. Temos as rédeas, não somos nem estamos inertes. Depende de nós e não dos outros: “quem sabe faz a hora, não espera acontecer…”
Por tudo isso, caros colegas, peço-lhes que olhem para este momento com mais entusiasmo e reflitam sobre as conquistas já conseguidas desde o início desse processo, que começou lá atrás, quando nossos sindicalistas enfrentaram a Administração, foram punidos, perseguidos e tornaram possíveis as conquistas que temos hoje. Não vou me alongar, mas garanto-lhes que isso não é pouco. É só olhar para trás e comparar!
Hoje temos uma federação e sindicatos amadurecidos, fortes, desejados por outras categorias funcionais, que se reúnem frequentemente com parlamentares, que têm voz em comissões da Câmara e do Senado, que têm acesso direto a vários deputados, senadores e ministros de Estado, que se reúne com o vice-presidente da República, que tem recursos para financiar sua gestão, que financia pesquisa, que promove congressos temáticos com convidados e palestrantes do mais alto nível funcional e intelectual.
Enfim, caros colegas, é hora de nos juntarmos, de irmos às reuniões dos sindicatos, de aprofundarmos os conhecimentos nas temáticas em discussão, de fazer críticas construtivas, de empurrar o bonde e tomar parte nesse momento divisor de águas.
Luiz Carlos P. Elias é Agente de Polícia Federal (SR/PE), licenciado em Pedagogia; cursou Mestrado em Ciência Política/UFPE (dissertação não apresentada), estudante de Direito. É autor do texto “FBI? Um reino dividido não subsiste”.
Fonte: Agência Fenapef
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