O monitoramento de redes sociais, técnica usada pela Polícia Federal brasileira em busca de foragidos internacionais, foi oficialmente incorporado a um manual de práticas da Interpol.
A rede, que reúne polícias de 188 países, faz desde anteontem sua assembleia geral anual em Hanói, no Vietnã. Os métodos de procura por fugitivos na rede foram aprovados em resolução do comitê executivo do órgão.
“Tem gente que entra nas nossas salas e comenta: “que vida fácil, hein!”, mas na verdade estamos navegando pelo Facebook e Orkut ou na busca de dados sobre os foragidos”, afirma Luiz Eduardo Navajas , delegado da PF e chefe local da Interpol.
Segundo Navajas, que participa da assembleia geral e falou à Folha por telefone, o rastreamento nas redes é precedido por investigações convencionais para descobrir nomes falsos e apelidos usados por criminosos na internet.
“Muitas vezes, nas redes, não é possível encontrar a localização exata dos foragidos, mas conseguimos informações para delimitar bastante as áreas de buscas”, diz.
Segundo ele, quase todas as investigações da Interpol no país passam por esse tipo de monitoramento. O trabalho é feito por 20 analistas no escritório de Brasília.
Navajas diz que o gosto dos brasileiros pelas redes sociais fez com que a PF aprendesse a usar a ferramenta.
Fonte: Folha S. Paulo
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