Marcos Wink, presidente da Fenapef, fala aos grevistas no estacionamento do MPOG (Foto: Xaxá)
Fonte: Fenapef
Ficou para terça-feira, dia 21, às 20h a reunião onde o governo irá apresentar a proposta para os policiais federais. Durante o encontro realizado nesta manhã no Ministério do Planejamento, em Brasília, os representantes do MPOG sinalizaram que o governo estuda um índice para todas as categorias do serviço público. Os representantes da Federação Nacional dos Policiaids Federais, no entanto, destacaram que os policiais querem a reestruturação salarial e a reestruturação da carreira. Com mais um adiamento na apresentação da proposta, os policiais federais devem definir pelo prosseguimento da greve com a retomada das operações-padrão em escala nacional a partir desta quinta-feira.
Na prática, o governo utilizou a reunião para sinalizar que está disposto a conceder reajuste dentro de limites orçamentários. “Trabalhamos dentro de limites estreitos”, repetiu o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça. Mendonça destacou que não pode se comprometer com a proposta de reestruturação salarial e da carreira. O secretário passou a bola para o Ministério da Justiça e outros órgãos do governo. “Essa decisão é política e não administrativa”, disse.
O representante do MJ, que acompanhava a reunião, não se manifestou oficialmente sobre a proposta.
EMPURRA – A operação “empurra com a barriga” do governo provocou uma reação imediata dos policiais federais. O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Marcos Wink, disse que a categoria negocia há mais de dois anos com MPOG e que espera que a proposta de reestruturação seja apresentada. “Desde o início das negociações deixamos claro que queremos a reestruturação de nossa carreira e de nosso salário, por isso, qualquer índice de reajuste precisa estar acompanhado de uma proposta de reestruturação”.
Os mais de 400 policiais federais que aguardavam o desfecho das negociações ficaram indignados com mais uma reunião improdutiva e prometem para esta quinta-feira ações em todo território nacional. A Operação Blackout deve promover operações-padrão em portos, aeroportos e fronteiras em todos os estados. Os federais seguiram em marcha até o ministério da Justiça onde realizaram um ato público.
Um videconferência na terde desta quarta-feira e assembleias regionais devem definir o que irá acontecer.
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