Várias categorias prometem mobilizações que devem afetar brasileiros
A semana promete ser se movimentada no Planalto Central. Trabalhadores insatisfeitos com acordos salariais ou em busca de antigas reivindicações pressionam por reajustes, participam de comissões no Congresso e fazem atos de protestos pela Esplanada dos Ministérios. Já começa com a operação-padrão dos auditores fiscais da Receita Federal. O governo não quer comentar o assunto, mas analistas afirmam que esse é o seu calcanhar-de-aquiles do Executivo, porque tem fortes impactos na arrecadação federal.
De hoje a sexta-feira, os auditores intensificam a campanha salarial, com a operação desembaraço zero (morosidade nos despachos) nas unidades aduaneiras do país (portos, aeroportos e fronteiras).
No dia 20, a pressão será ainda maior. Sindicalistas garantem que vão ocupar Brasília para cobrar a aprovação da PEC das trabalhadoras domésticas. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), tida como o braço sindical do PT, e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comércio e Serviços (Contracs) fazem manifestação diante do Congresso no Dia da Consciência Negra.
“A maioria absoluta das domésticas são negras e somente 26,8% têm carteira assinada. A luta por igualdade de direitos extrapola o movimento sindical e pertence a toda a sociedade”, aponta Rosane Silva, da CUT.
Também na semana de 19 a 23 de novembro, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) dá início a diversas atividades em defesa das Instituições Federais de Ensino (IFE), para marcar o Dia Nacional de Luta pela Reestruturação da Carreira (20).
“É preciso alterar o Projeto de Lei 4368/12 (traz alterações às carreiras) e para isso devemos mostrar aos parlamentares a insatisfação dos professores”, conta o primeiro vice-presidente do Andes, Luiz Henrique Schuch. O Andes participa da audiência na Comissão de Trabalho e Serviço Público (CTASP), onde tramita o PL.
Nessa segunda, outros fatos merecem registro. Enquanto a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, tenta manter a máquina funcionando e anuncia Balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), do outro lado da rua, a Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) do ministério reabre timidamente as negociações com funcionários do Dnit, DNPM e HFA.
E ali pertinho, no Ministério da Justiça, escrivães, papiloscopistas e agentes (EPA’s) da Polícia Federal discutem a reestruturação da carreira com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Eles ameaçam parar de novo se o governo não abrir as portas.
Amanhã, importante lembrar, a Comissão Mista de Orçamento se reúne para votar o parecer do senador Romero Jucá ao projeto da Lei Orçamentária de 2013. O Congresso tem até o dia 22 de dezembro para votar o Orçamento da União.
Na quinta-feira (22), os EPA’s estarão na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados para debater suas atribuições, a greve e a não convocação dos aprovados no último concurso para agente federal. Os federais convidaram para o debate o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; a ministra do Planejamento, Miriam Belchior; o ministro da Fazenda, Guido Mantega; o diretor-geral da PF, Leandro Daiello Coimbra; o presidente da Fenapef, Marcos Vinício de Souza Wink; e outras lideranças sindicais.
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