Fonte: Correio Braziliensa
Funcionários das aéreas pretendem cruzar os braços. Decisão sai hoje
Aeronautas e aeroviários devem parar a partir de amanhã para pressionar as companhias aéreas por melhores salários e condições de trabalho. A decisão foi tomada ontem, após a realização de assembleias em todo o país. É a segunda vez que as categorias iniciam uma greve em dezembro, mês em que a demanda nos aeroportos brasileiros é 10% maior em virturde das festas de fim de ano e das férias escolares. De acordo com Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a expectativa é de que os aeroportos recebam 17 milhões de passageiros no período.
Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), os aeroviários, que são os funcionários que trabalham em solo, e os aeronautas, que trabalham a bordo dos aviões, esperam que as empresas aéreas paguem um reajuste acima da inflação, em torno de 10% a 12%.
O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) reagiu e, em antecipação à greve, informou que devido à situação negativa das empresas aéreas em 2012 é impossível atender o reajuste pedido pelas categorias. Entretanto, a partir deste mês, as companhias já estão incorporando à folha de pagamento um reajuste que varia entre 1,5% e 6%, dependendo da faixa salarial do funcionário. As empresas ofereceram também acréscimo de 10% no vale- refeição e na cesta básica e aumento de 6% no seguro-saúde.
Em nota, o SNA afirmou que as categorias reivindicam também o cumprimento da regulamentação profissional e novos pisos salariais. Reclamam ainda da sobrecarga de trabalho, do assédio moral e da fadiga, que amplia os riscos de acidentes aéreos.
Uma nova reunião entre os trabalhadores e o sindicato das empresas aéreas está prevista para acontecer hoje, no Rio de Janeiro. Caso haja acordo, as categorias podem suspender ou adiar o início da greve.
Sobe preço das passagens
O preço das passagens aéreas ficou até 13,62% mais caro nas últimas quatro semanas, encerradas em 7 de dezembro, e voltou a pressionar a inflação. O item foi o que mais pesou na alta de 0,7% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). O aumento deverá repercutir no Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que em novembro mostrou o maior peso das passagens no bolso do brasileiro.
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