Fonte: Correio Braziliense
A ameaça dos trabalhadores aeroviários e aeronautas de cruzar os braços hoje não foi levada adiante. Ontem, após receberem e rejeitarem a proposta patronal de reajuste linear de 6%, as duas categorias decidiram manter o estado de greve, mas sem suspender as atividades. Com isso, os empregados das empresas aéreas tentarão voltar à mesa de negociações para barganhar uma nova oferta.
A suspensão da greve também foi influenciada por um boato que circulou ontem entre os trabalhadores. Até o fim da tarde, havia a notícia de que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) havia concedido liminar favorável ao Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA).
O documento, que teria sido assinado pela ministra Maria Cristina Peduzzi, conteria a determinação do tribunal para que pelo menos 90% dos funcionários permanecessem trabalhando caso a paralisação fosse levada adiante. Essa informação, no entanto, foi rechaçada pelo TST. Em nota, Maria Cristina reiterou que “ainda não decidiu sobre o pedido de liminar do sindicato”.
Reunião hoje
A confusão levou a um desentendimento entre patrões e empregados. Ao Correio, um representante das empresas disse que as negociações continuarão apenas via tribunal. “Um percentual desses, de 90% (de obrigação de efetivo trabalhando), inviabiliza qualquer movimento grevista”, concluiu a fonte, que não quis se identificar. Já os trabalhadores pensam o contrário. “A mobilização continua”, disse o comunicado do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). Os empregados reforçam que, caso não cheguem a um acordo, poderão levar adiante a promessa de greve. Esperam reunir-se com os patrões novamente hoje.
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