Fonte: Mídia Max News
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, avisou aos indígenas e produtores rurais que a Polícia Federal tem “carta branca” e está pronto para cumprir a lei. Segundo o ministro, nenhum conflito será tolerado e o descumprimento da lei, por “quem quer que seja”, vai resultar em punições.
“A missão do Ministério da Justiça é fazer cumprir a constituição”, garantiu Cardozo. “A PF está orientada a punir, dentro da lei, qualquer abuso de quem quer que seja”, disparou.
O aviso do ministro ocorre um dia após novo confronto na região de Sidrolândia, que deixou mais um indígena ferido. Cardozo garante que o MJ não vai tolerar mais violência, tanto que 110 homens da Força Nacional estão sendo enviados para Mato Grosso do Sul.
Cardozo se reuniu com lideranças indígenas, do MST (Movimento dos Sem Terra) e autoridades políticas no início da tarde desta quarta-feira (5) no Jockey Clube, em Campo Grande.
Ao ministro foi entregue documento com as principais reivindicações dos manifestantes, que chegaram a realizar marcha percorreu os 55 km que ligam o distrito de Anhanduí à Campo Grande.
Dentro os principais estão acelerar a demarcação de terras indígenas, e também da reforma agrária.
Cardozo respondeu aos manifestantes sobre alguns pontos, como a PEC (Projeto de Emenda Constitucional) 215, que dá o poder de demarcação ao Congresso Nacional. O ministro considera o projeto inconstitucional e garantiu que o governo federal é contra a medida.
Apaziguando
Apesar dos avisos, Cardozo indicou que o melhor caminho ainda é o diálogo. “Cada um (indígenas e produtores) tem que ceder um pouco, temos que dialogar”, afirmou;
Cardozo lamentou a demora na demarcação de terras indígenas, que chega a durar 20 anos no Brasil.
Desabafo
Ao ministro, o indígena Oriel Kaiowá, que pertence ao Conselho Continental das Nações Guaranis e faz parte da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, explicou a situação regional.
“Não temos terra pra plantar, nem espaço para construir postos de saúde ou escolas, e em muitas localidades nem água limpa tem”, desabafou o líder indígena.
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