Fonte: Fenapef
Nesta quarta-feira, 17, o Conselho de Representantes promoveu a Assembleia Geral Extraordinária da Federação Nacional dos Policiais Federais. Os temas abordados pelos dirigentes foram a Frente Parlamentar e as tratativas de salário e carreira com o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.
Foi unânime entre os presentes o sucesso da marcha dos policiais federais e o lançamento da Frente Parlamentar de Apoio à Reestruturação da Polícia Federal. Foram debatidos projetos para aprimorar a Segurança Pública e combater as ações egoístas de associações que ignoram a crise institucional do órgão – que só trabalham pela manutenção de status político e monopólios na atuação estatal.
Participaram da AGE o deputado federal Otoniel Lima e o presidente da Cobrapol Jânio Gandra, que reforçaram a união em prol da democratização da Polícia Federal. Também foi marcante a participação de Francisco Pegado, secretário-geral da UGT, que iniciou o evento analisando o atual contexto político no país.
Em relação às difíceis negociações da reestruturação salarial, o tema tornou a assembleia bastante conturbada, pois todos os dirigentes sindicais trouxeram a indignação das bases de policiais federais com a desorganização e falta de interesse político demonstrado pelo Ministério da Justiça na resolução dos problemas.
Os recentes dados da pesquisa de ambiente organizacional comprovam a preocupação dos sindicatos, pois o alto índice de doenças, desmotivação e suicídios parecem ser ignorados por gestores que disputam adidâncias.
Nesse contexto, foi decidida pelo Conselho de Representantes a continuidade da agenda de mobilizações pela democratização da PF, e foi aprovada uma manifestação pública no próximo dia 23, na cidade do Rio de Janeiro, durante a visita do Papa Francisco, na Jornada Mundial da Juventude – JMJ.
Os dirigentes sindicais demonstraram muita preocupação no sentido de que a mobilização durante a visita papal não envolva aspectos políticos, em respeito à religiosidade e à população, em observância aos princípios éticos que sempre fundamentaram a atuação sindical da Fenapef.
E considerando que um dos mais terríveis sintomas do descaso gerencial da Polícia Federal em relação aos servidores é o alto índice de suicídios, a mobilização da próxima semana vai homenagear os policiais federais que sucumbiram a crises de depressão e demais problemas psíquicos.
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