Fonte: Sindipol/DF
Em um “Comunicado” enviado aos e-mails funcionais às 19h40 desta quarta-feira (21) o Diretor Geral da PF, Leandro Daiello Coimbra surpreendeu os policiais federais com um ultimato. Caso os referidos servidores não se manifestem em caráter “urgente” junto às entidades de classe permanecerão “mais um período sem avanços em seus pleitos”.
Infelizmente, o texto é propositadamente vago e nitidamente escrito por quem não conhece “as demandas propostas”. O Ministério do Planejamento está devidamente informado desde o dia 14 de agosto, data da mais recente reunião realizada por representantes do MJ, MPOG, FENAPEF E SINDIPOL/DF, que as entidades querem o reconhecimento das atribuições e uma recomposição ao patamar do inicio do Governo do Partido dos Trabalhadores. Mais, que o MPOG informou que não haverá discussão sobre atribuições, pois não há como viabilizar uma proposta, tendo em vista demandas divergentes apresentadas.
O que a Direção Geral ignora ou não se interessa em conhecer são as reais demandas dos Agentes, Escrivães e Papiloscopistas. Se existe algo verdadeiro no comunicado do DG é a afirmação de que “a Direção Geral não participa da mesa de negociação”. Foram convidados pelo MPOG e nunca compareceram.
Por outro lado, todas as ações da administração da PF pautam-se pela sabotagem, desinformação, inconfessáveis interesses corporativos de uma casta e falta do dever de lealdade à instituição e seus pares. Não tem interlocução e representatividade das bases. Dos próprios policiais. Uma Direção Geral em que não há diálogo produtivo.
Desta forma, o Sindipol/DF desafia o Diretor Geral da PF a esclarecer aos colegas a tabela citada nos dois últimos comunicados. Esclarecer também o boato sobre outros índices que sequer foram analisados pelos Ministérios envolvidos. O sindicato lamenta, ainda, esta atitude irresponsável e desrespeitosa para com os policiais federais que lutam pela reestruturação de suas carreiras e, consequentemente, pelo resgate do “Orgulho de ser Policial Federal”.
Esclarecendo a proposta existente na mesa: 15,8% para todas as classes, sem qualquer referência às atribuições. Essa é a proposta que hoje temos apresentada pelos interlocutores do governo.
Policial classe Especial, cerca de R$ 1.000, 00 (mil reais) líquidos, divididos em três vezes. Essa é a proposta que o governo tem interesse em te apresentar e que, nas palavras colocadas no comunicado são de “interesse em atender”. Policial 3ª classe, “mesma proporção” é de cerca de R$ 750,00 (setecentos e cinquenta reais). Não esqueça, também divididos. Bela igualdade de proporção!! As demais carreiras típicas de estado e os demais cargos tiveram o dobro e, especificamente no caso dos 3ª classe de Delegado e Perito, quase o triplo.
E, Diretor Geral, temos assembleia no dia 27 nesse sindicato. Para análise de nova proposta do governo, se vier. Não há como alegar que “não sabia”, tendo em vista que o DPF “segue” esta entidade sindical em sua página oficial e “consulta” diariamente sua página. Isso sem contar o ofício que comunica a assembleia.
Basta de contra informação!!!!
Comunicado
A Direção Geral esteve reunida ontem no Ministério do Planejamento, quando discutiu a situação dos servidores que não receberam reajuste salarial. Foi colocada a necessidade do reconhecimento de algumas soluções, como nível superior, atribuições e tabela salarial.
Os representantes do Ministério do Planejamento foram enfáticos ao afirmar que o prazo para solução das questões é na próxima sexta-feira, ficando patente o interesse em atender as demandas propostas, dentro das mesmas proporções dadas aos demais servidores.
Assim, como a Direção Geral não faz parte da mesa de negociação, torna-se urgente a manifestação dos servidores junto as suas entidades de classe, sob pena de permanecerem por mais um período sem avanços em seus pleitos.
Leandro Daiello Coimbra
Diretor-Geral
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