Fonte: Bem Paraná
Os policiais federais no Paraná fazem um dia de paralisação, nesta quinta-feira (31), para chamar a atenção do governo e mostrar para a sociedade a precarização pela qual passa a Polícia Federal (PF). Um ato público está marcado para amanhã de manhã na Praça Santos Andrade. Um telão será montado para apresentar dados sobre a situação atual da categoria.
“Em princípio será um dia de paralisação para mostrar que estamos mobilizados. Se o governo (federal) não resolver o nosso problema, vai ter greve”, alertou o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná (Sinpef-PR), Fernando Augusto Vicentine.
Os policiais reclamam que nos últimos quatro anos a categoria tenta um acordo sobre a reestruturação salarial e de carreira, mas o governo não avança nas negociações. Além disso, denunciam o sucateamento na PF. Nesta semana, inclusive, uma reportagem televisiva mostrou que uma lancha que deveria ser usada na fronteira no combate ao narcotráfico — e que custou R$ 2 milhões — está parada por falta de manutenção.
O presidente do sindicato dos policiais também enumera outros problemas atuais, como assédio moral, precarização, desvalorização, falta de estrutura de trabalho, má gestão de recursos, evasão de profissionais e até mesmo o alto índice de suicídio dentro da corporação — teriam sido 11 casos nos últimos doias anos e meio.
Também cobram a contratação de mais policiais para o Estado, hoje com um efetivo de menos de 500 policiais. “No mínimo, teríamos que ter o dobro atualmente”, diz Vicentine. Ele conta que quando chegou a Curitiba nos anos 1990, eram mais de 200 policiais só em Curitiba, e hoje o número não chega nem à metade daquele efetivo. “A bruxa está solta na PF”, desabafou.
Depois da paralisação de amanhã, os policiais se reúnem com a Federação Nacional dos Policiais Federais, em Brasília, onde deve ser definido os próximos passos do movimento nacional. O ato de amanhã na Santos Andrade está marcado para ter início às 9 horas.
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