Fonte: Sindipol/DF
Enfrentamos um momento que requer união de todos. Desde os colegas que estão em estágio probatório ao aposentado. É hora de resgatar a autoconfiança e a capacidade de se indignar. Não deixe de participar das assembleias, das paralisações. Chega de perguntar sobre as novidades para o colega ao lado. Vamos aproveitar nossa liberdade sindical e ajudar a transformar a PF na instituição dos nossos sonhos.
Nada foi conquistado sem luta. A despeito de não pertencer ao órgão naquela fase, admiro e sou grato aos colegas que resgataram o orgulho de ser policial federal durante a legendária greve de 1994. Naquele ano um agente federal recebia metade da remuneração de um policial civil do DF. Durante 62 dias, uma greve sem precedentes surpreendeu o Brasil. Uma guerra de informações na alta cúpula do governo movimentou o Exército Brasileiro para ocupar várias unidades da PF, inclusive a sede. Alguns grevistas chegaram a ser demitidos e depois anistiados pelo presidente Itamar Franco (não é Medeiros?). Foi a partir da ação destes bravos que o movimento sindical ganhou força e tornou possível, inclusive, a promulgação da Lei 9.266/96.
Será que teríamos a mesma coragem desses camaradas hoje? Tenho refletido sobre a força de vontade dos policiais militares do DF em mudar o status quo que enfrentam. Que coragem! E olha que por lá o risco é de ver tolhido o segundo direito mais precioso: a Liberdade. Então por que acompanhar o nosso movimento só pelas redes sociais?
“Ah, mas esses caras do sindicato e da Fenapef não aceitaram os 3 mil! E os 15,8? E os 26% para a terceira classe? Droga, esses antigões só pensam em si.” Basta! Levanta-te e ande parceiro. Compareça à próxima assembleia. Você será bem vindo e o microfone estará aberto para dizer o que pensa. E saiba que os tais 15,8% foram democraticamente votados nas 27 unidades da federação. Os 26% foram destinados somente a um cargo dentro do Departamento de Polícia Federal. E os 3 mil jamais existiram! Quanto aos 15,8%, somente no Sindipol/DF a proposta foi votada mais de uma vez! Não vai ser atrás de um smartphone que nosso sindicalismo sobreviverá. Alguém aí já doou uma tarde para comparecer ao Congresso Nacional? É lá que mudaremos tudo. Enquanto hibernávamos nesta última década, outros nadaram de braçada e de lobby nos corredores daquela casa.
A mais recente paralisação de 48 horas demonstrou que nosso lugar de reivindicação é permanecer em frente ao Ministério da Justiça. Contudo, faltou a presença mais forte dos colegas. Não foram só 70 policiais como afirmou a direção geral na inédita nota publicada no site da agência de notícias da PF. Faltaram sombrinhas (e foram adquiridas 140). Com certeza poderíamos mais.
Amigo, não se iluda. Não aja como se a estabilidade do seu cargo dependesse do bom humor da chefia. Normalmente os subservientes é que são explorados e humilhados. Olhe para o horizonte ombreado com aqueles que na linha de frente morreriam para te proteger.
DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO DO SINDIPOL/DF
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