Fonte: Fenapef
NOTA DE REPÚDIO
A Federação Nacional dos Policiais Federais vem a público repudiar texto atribuído ao delegado de polícia civil do Distrito Federal, Sérgio Ricardo Mattos, que publicou a letra de uma suposta marchinha de carnaval, e ironizou de forma perversa os suicídios que têm ocorrido em meio a ocupantes dos cargos de Agentes, Escrivães e Papiloscopistas da Polícia Federal.
Afinal, o que nos torna humanos? Em linhas gerais seria a capacidade de raciocinar, de sentir tendo consciência de tal sentimento (amar, perdoar, etc.), de mostrar respeito, dentre muitas outras características. Como definir o ato de desprezar o bem mais valioso de qualquer pessoa, a vida? Uma atitude humana? Cremos que não. Brincar com sentimentos de famílias, amigos e colegas que perderam entes queridos de forma tão traumática, motivados por essa atitude tão trágica, que é o suicídio, problema já desprezado pelos gestores, seja do Ministério da Justiça, seja do próprio Departamento de Polícia Federal, não pode assim ser classificado.
O pior é que, além de conviver na nossa sociedade, o autor da citada marchinha é um servidor público da área policial. Lamentável! Será que esse indivíduo demonstra com tal atitude ser capaz de garantir ou resguardar direitos de alguém? Difícil de acreditar, pois além de desprezar a vida de seus “semelhantes”, atestou não ser um bom profissional, um bom servidor público e, acima de tudo, não conseguiu mostrar características que pudessem diferenciá-lo daqueles a quem ele supostamente fez um juramento de combater.
Esse ser, além de ter agido de uma maneira extremamente leviana quando decidiu redigir tais palavras, não se deu por satisfeito e quis apresentar ao mundo, por meio de uma rede social, postando na página do presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), a sua “obra-prima”.
Assim, lamentamos profundamente que atos dessa natureza tenham sido empreendidos por alguém que deveria buscar a garantia da dignidade dos seres humanos, ajudar na busca da pacificação social, ao invés de percorrer o caminho contrário. Esse indivíduo demonstra não compreender o sentido de um servidor público, na acepção mais genuína da expressão, e não foi capaz de produzir uma composição (marchinha) que pudesse envolver aos nossos ouvidos com palavras dignas de atenção, pois ofendeu a história dos nobres compositores da nossa Música Popular Brasileira.
Aos familiares, amigos e colegas dessas pessoas que nos deixaram de forma tão trágica, deixamos o nosso mais sincero sentimento de fraternidade.
Todas as medidas legais cabíveis já estão em andamento.
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