Fonte: G1
Categoria pede melhores condições de infraestrutura e segurança. Para ministro da Justiça, governo consegue garantir a lei e a ordem no país.
Policiais fecharam duas faixas do Eixo Monumental no sentido Congresso Nacional na tarde desta quarta-feira (21) em um protesto pela valorização das carreiras ligadas à segurança pública. Criticando a alta da criminalidade e a sensação de insegurança, o grupo pede a elaboração de políticas públicas na área e a rediscussão do Estatuto da Criança e do Adolescente. De acordo com a Polícia Militar, o ato reuniu cerca de 600 pessoas de diversos estados.
O grupo se reuniu na Biblioteca Nacional e afirmou que pretende seguir até o Ministério de Justiça, passando pela Praça dos Três Poderes. A marcha integra a mobilização nacional que culminou em paralisações em vários estados e do Distrito Federal decidiram cruzar os braços.
Em Brasília, por exemplo, até a meia-noite estão suspensas as investigações e os registros de ocorrências – exceto em caso de crimes violentos, como estupros, homicídios e sequestros-relâmpagos. Diretor do sindicato da categoria, Luciano Garrido disse que apenas 30% dos 6 mil policiais civis trabalham no período.
As categorias pedem ainda pedem melhores condições de infraestrutura, segurança e o nivelamento do salário dos policiais em todo o Brasil. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que a reivindicação não pode trazer transtornos, prejuízos e violência para a sociedade. Ele disse ainda que, se necessário, o governo tem condições de garantir a lei e a ordem em todo o território nacional.
“Os policiais que servem a lei e a Constituição sabem que a greve está proibida por decisões do Supremo [Tribunal Federal]. Em segundo lugar, não creio que nenhum brasileiro e nenhuma brasileira queira que a sociedade pague a conta de um processo que tem de ser de diálogo e de reivindicação. Caso ocorra, podemos perfeitamente encaminhar a Força Nacional de Segurança Pública e as Forças Armadas para garantir a lei e a ordem, porque a Constituição nos autoriza. A população brasileira deve ficar tranquila”, disse Cardozo.
Insatisfação
Com 20 anos na corporação, a agente da Polícia Civil do DF Ana Silva diz que antes sentia orgulho do cargo, mas que hoje a situação é diferente. Ela também afirmou que atualmente teme revelar às pessoas onde trabalha, pelos riscos inerentes à profissão.
“A gente está passando aperto. Temos que comprar nossa própria munição, equipamentos de segurança. [Eu] Me sinto desamparada, principalmente considerando a função de um policial, que garante a ordem à sociedade.”
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