Fonte: O Globo
Alvo era PM do Gate, um dos grupos de elite da corporação, que estaria em área de acesso restrito, onde Dilma e outras autoridades assistiam à partida
Joseph Blatter, Dilma Rousseff e outras autoridades na abertura da Copa
Uma suposta falha no esquema de segurança no dia da abertura da Copa, na Arena Corinthians, em Itaquera, Zona Leste de São Paulo, quase levou um atirador de elite da polícia a matar um PM. No dia 12 de junho, um sniper (atirador) do Grupo Especial de Resgate (GER) da Polícia Civil avistou, durante o jogo entre Brasil e Croácia, um suposto intruso na área restrita onde estavam a presidente Dilma Rousseff, chefes de Estado e autoridades da Fifa. A informação é do jornal “Folha de S. Paulo”.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o episódio ocorreu devido a um “erro de comunicação que foi rapidamente sanado, sem maiores consequências”. A pasta informou que o protocolo para que o sniper atuasse não foi colocado em prática e que a segurança dos torcedores e das autoridades não foi colocada em risco.
O homem avistado pelo atirador de elite na área reservada às autoridades vestia um uniforme do Gate (Grupo de Ações Táticas) da Polícia Militar, um dos grupos de elite da corporação. A suspeita era de que se tratasse de um criminoso disfarçado de policial. Após o atirador avisar os superiores, ele ouviu como resposta que não havia PM do Gate na área restrita. O atirador pediu autorização para fazer o disparo fatal, segundo a “Folha de S. Paulo”. O comando pediu que ele esperasse.
Após análise das imagens na sala de monitoramento, o suspeito foi reconhecido como um policial do Gate, que retirou-se da área restrita.
Em nota à imprensa divulgada na tarde desta sexta-feira, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) criticou o que considerou “alarmismo”. “Ao contrário do que vem sendo divulgado por alguns veículos de comunicação, em nenhum momento foi colocada em risco a segurança das autoridades e ou torcedores. Prova disso é que o protocolo para que o sniper pudesse atuar sequer foi colocado em prática. Este protocolo pressupõe três etapas: autorização para o atirador carregar a arma, que por razões de segurança está desmuniciada; autorização para que o sniper coloque o alvo na alça de mira; autorização para atirar. Nenhuma destas três etapas foi deflagrada porque o erro de comunicação foi rapidamente corrigido. Afirmar que quase houve morte nesta situação é causar alarmismo”, diz a nota da SSP.
Ainda de acordo com a “Folha de S. Paulo”, o episódio levou o secretário da Segurança, Fernando Grella Vieira, a pedir relatórios tanto para a Polícia Civil quanto para o comando da PM. A Civil diz que o PM invadiu a área restrita. Já a PM alega que ele tinha autorização para entrar porque apurava uma suspeita de bomba.
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, comentou o ocorrido, na manhã desta sexta-feira, no Rio de Janeir:
— Esse tipo de episódio não é de dar opinião. A segurança esclareceu que um atirador de elite flagrou, em área proibida, a presença de alguém portando arma e um colete de grupo de elite da polícia militar — afirmou o ministro.
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