Fonte: Agência Sindipol/DF
O jornal Estadão publicou relatório da Polícia Federal, sobre a Operação Lava Jato, com e-mails de Marcelo Odebrecht, que atinge em cheio os verdadeiros policiais federais, investigadores da equipe da Operação Lava Jato, que tiveram nomes expostos, sem cerimônia. O documento contém tarjas de diversas cores, algumas sem a intenção de esconder os detalhes, outras pretas, mas que, segundo denúncia do GGN O Jornal de Todos os Brasis, por Stanley Burburinho, apenas um “copia e cola” em qualquer editor de texto, tipo Notepad, pode apresentar o que está realmente escrito. Ele ainda conta que o pdf publicado pelo jornal está disponível para download e insinua que alguém esqueceu de impossibilitar a ação.
A politicagem rola solta, não se sabe se quem incluiu as tarjas nos documentos foi um jornalista, que provavelmente, como levantado pela crítica, poderá levar a culpa para proteger a fonte, ou finalmente será descoberta a mesma. O foco, até agora, é o de que nomes da política teriam sido suprimidos do documento, que tem por base a troca de conversas do celular do presidente da Odebrecht. Todos estavam em notas escritas pelo empresário, no telefone.
De acordo com Stanley, foi realizada, no dia 20 de julho, às 23h15, no Estadão, a conversão do documento original, enviado por alguém da PF. Ele julga duvidoso que a alteração tenha sido feita por alguém da polícia, até pelo horário. Além disso, o autor do arquivo em pdf utilizou o login mc110215, o que pode se referir ao nome do jornalista que assinou a matéria do veículo, Mateus Coutinho, e seu número de matrícula.
Após a apreensão da conversa e as siglas relacionadas, todos os envolvidos negaram ou alegaram não entender do que se trata o e-mail, sugerindo inocência. Nenhuma novidade, já que agora os grandes problemas da operação parecem sair de uma “facção” interessada em plantar vícios na investigação dos agentes federais. São acusações de escutas ilegais em celas, suposta violação de sigilos de advogados de defesa, vazamentos seletivos de inquéritos e, agora, mais esse vazamento. Diante de toda o enredo e das sabotagens, os agentes federais indagam: “Será que o gestor responsável pelo “vazamento” irá responder por violação de sigilo funcional? Ou o Ministério da Justiça irá se omitir novamente?”.
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