Devido a falta de pagamento de salários e benefícios, os terceirizados da empresa Premiere Serviços Inteligentes, prestadora de serviço de adestramento de cães para o Departamento de Polícia Federal em Brasília, entraram de greve na última sexta-feira (2).
Após denúncia o Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal – SINDIPOL/DF, constatou em conversa com os profissionais que há mais de três meses a empresa contratada não paga os seus salários e os benefícios (vale transporte e alimentação). A equipe de adestradores formada por seis profissionais, presta serviço de adestramento ao DPF desde 2002.
O Sindicato que representa os adestradores o Sindiserviços, tenta conciliação com os donos da empresa e o DPF, no Ministério Público do Trabalho para que o pagamento seja feito diretamente aos trabalhadores.
Contratada há três anos pela Polícia Federal, nos últimos dois meses a empresa alega dificuldades para honrar suas obrigações trabalhistas e dar continuidade à prestação dos serviços. Segundo os profissionais os atrasos são constantes e tem prejudicado a categoria. O SINDIPOL/DF se solidariza com os trabalhadores, que são fundamentais para o bom desenvolvimento do trabalho dos policiais federais, e requer ao DPF contribuição efetiva para a resolução do problema, tendo em vista que o trabalho dos policiais federais no combate à criminalidade não pode ser prejudicado por questões burocráticas. “É inadmissível que o trabalho dos policiais federais, de prevenção e combate à criminalidade, seja prejudicado por questões meramente burocráticas entre o DPF e a empresa contratada. Observamos que os profissionais dotados de experiência e que têm colaborado significativamente para o bom desenvolvimento das ações da PF, estão reivindicando legitimamente os seus direitos, e o não recebimento por seus trabalhos prestados ferem os direitos garantidos por Lei”.
“Infelizmente o caso dos adestradores não é um caso isolado e nem uma exceção, pois outros problemas com a terceirização já foram identificados no serviço do DPF. Casos semelhantes ocorreram nos aeroportos brasileiros e recentemente no trabalho de segurança orgânica. Terceirizar atividade fim de serviços essenciais como saúde, educação e segurança pública, além de ser um retrocesso traz grandes danos e desqualifica a prestação de serviço público”, ressaltou Werneck.
Segundo informações recentes, os adestradores retornaram ao trabalho, porém o pagamento não foi realizado. O SINDIPOL/DF apoia a reivindicação dos adestradores e parabeniza os policiais federais do Canil do DPF/DF, que acabaram sobrecarregados durante a paralisação.
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